O presente artigo de opinião analisa o “status quo” das relações de Angola com as três grandes potências mundiais (EUA, Rússia e a China). Na primeira parte, abordou-se a relação de Angola com os EUA, na segunda parte a relação de Angola com a China e nesta parte abordar-se-á a relação de Angola com a Rússia, numa perspectiva histórica e contextual, para compreender os interesses que estes Estados têm em Angola e os interesses de Angola com esses mesmos Estados.
Durante o mês de Dezembro de 2024, o deputado da República, que custa 50 milhões por ano aos cofres do Estado, tem perguntado “quanto está o câmbio hoje”, como se fosse algum memeiro desempregado, achando-se muito esperto e regozijando-se no engajamento que colheu com este novo slogan.
O indulto Presidencial é o acto Constitucional do Chefe de Estado, de perdoar/anular, uma pena imposta por sentença judicial, bem-vindo por criminosos (arrependidos ???) e respectivas famílias.
Embora o Chefe e a “camarilha que o acompanha” disfarcem, sabem que o sentimento que se apossou da maioria dos jovens de ontem — que acreditaram, que contribuíram para uma causa que pensavam ser libertadora e de mudança, que foram responsáveis pela recepção e para que o MPLA se tornasse na força que se implantou e tomou o poder —, e dos angolanos de forma geral, é de profunda revolta, de tristeza, de desilusão, de arrependimento, mas também de desprezo (ou raiva) por (ou contra) essa elite.
O líder abriu-lhes o apetite, adoçou-lhe os beiços e foram defraudados na sede ao pote. Os kotas ficaram, não arredaram pé e não querem largar, por enquanto, os seus lugares. Não há uma ideia de rejuvenescimento como tal, há, sim, uma estratégia de manutenção de poder que passa, também, pelo controlo total e pleno do Bureau Político.
João Lourenço disse no Palácio Presidencial de Pretória, lado a lado com o Presidente Ramaphosa, que “lutámos pela liberdade dos nossos povos”. Lamento informar sua excelência que ele lutou para ser rico. E conseguiu!
Recentemente, a minha companheira interpelou-me, dizendo que não compreendia a razão porque é que, com o dinheiro que dispõe mensalmente, compra cada vez menos produtos alimentares! Indagou-me pedindo que lhe explicasse o que se estava a passar! Estou em crer que essa indagação está na boca de quase todas as donas de casa.
Há justiça operante em Angola, ou simplesmente ela foi engolida pelo executivo! Os Juízes conselheiros, vivem agachados ao poder executivo ou não! Ao negar a providencia cautelar, eles demarcaram-se da verdade constitucional ou não! Ficou demonstrado o seu frágil conhecimento jurídico ou não!