Apesar da Divisão Político-Administrativa (DPA) ter sido aprovada em nome de uma aproximação dos serviços públicos aos cidadãos, a imposição democrática da vontade da maioria parlamentar pode ser também o aprofundamento de um distanciamento entre o partido no poder e os cidadãos.
Povo angolano! este Sr., usurpou o poder através de um golpe constitucional depois das eleições de 2022. Não é nenhuma mentira. Não é ultraje a ninguém. O golpe foi um crime que lesa a Constituição da República de Angola no seu Artigo 4° (Exercício do poder político).
Importa ter em consideração a função dos atores não estaduais, em particular dos líderes partidários, que não têm poderes formais, mas conseguem condicionar o funcionamento do governo. Sobretudo, importa não esquecer que compete aos partidos indicar os cabeças-de-lista às presidenciais angolanas.
O recente drama eleitoral na Venezuela suscitou mais uma vez a discussão sobre dois aspectos fundamentais destes regimes que ainda prevalecem no mundo. Eles tentam se reerguer em outros países que lutam por permanecer como democracias.
Correram nas redes sociais, esta semana, imagens feitas no Cazenga, onde um grupo de jovens, vestidos com as cores da bandeira da UNITA, circularam como se estivessem já em campanha eleitoral. Um deles é o jovem Nascente Sapalo Santos, popularmente chamado por Savimbi, que imita o modo de vestir do líder da UNITA na sua “farda” militar das FALA, boina vermelha e pistola à cintura.
Ana Dias colocou a primeira pedra para sua caminhada rumo a cidade alta com choro da coruja, a senhora conseguiu distrair os incautos, que se encontravam já adormecidos no sono do tempo. A choradeira em público da primeira dama teria como fundamento inicial o lançamento da sua candidatura a presidência do MPLA!
Em Angola, a noção de partidos políticos, que deveria estar centrada na promoção da democracia e na representação dos interesses do povo, tem sido, infelizmente, desvirtuada ao longo dos anos.
Vamos ler e interpretar outra vez o país com dados. Desta vez com os números da Afrobarómetro, uma Organização Não Governamental que colecta informação sobre diversas matérias que interferem na vida dos africanos.