Terça, 01 de Julho de 2025
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Em várias partes de África, o poder político assume uma forma quase mística. Ser presidente de um partido ou de um país não é apenas exercer uma função pública é ascender a uma espécie de trono espiritual, onde o chefe é visto, tratado e reverenciado como um ser sagrado. Um novo messias, não pelos milagres que realiza, mas pelo silêncio que impõe, pelo medo que inspira e pela fome que tolera.

O procurador-geral da República e presidente do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público (CSMMP), Hélder Pitta Grós, admitiu esta quarta-feira, 25, em Lunada, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem estado a cometer erros em vários processos, e realçou que alguns procuradores chegam mesmo a errar propositadamente.

Alguém numa reunião realizada no 18.° andar do edifício sede da Sonangol,  me recomendou a escrever para os 4 cantos de Angola que ele é um verdadeiro patriota!

Angola vive neste momento uma das maiores crises sanitárias de sua histórica, uma epidemia de cólera que já vitimou milhares de angolanos, entretanto o governo de Angola tem outras prioridades, como por exemplo um grande banquete organizado para empresários europeus, enquanto angolanos passam fome ou morrem de cólera.

No interior de Angola, a luta por justiça enfrenta um inimigo invisível e sorrateiro, o amiguismo no seio da advocacia. O que deveria ser uma prática profissional pautada pela ética, independência e defesa dos direitos dos cidadãos tem sido frequentemente comprometido por laços pessoais e interesses ocultos.

Recentemente, isto é, a menos de 4 dias, observamos na arena global, os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, o qual representa mais um capítulo da política de força que tem marcado a ordem internacional contemporânea.

Para dar o mote e responder a esta importante questão, começarei por esclarecer um pouco o percurso político deste actor político, por vezes tratado como um traidor à UNITA, mas também como um iniciador daquilo a que chamamos em política, um vector da terceira via.

Em dezembro de 2023, Angola anunciou sua saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2024, após 16 anos de participação. Essa decisão foi motivada pelo descontentamento com a política de cotas da OPEP, que estabeleceu para Angola um limite de produção de 1,11 milhão de barris por dia — abaixo do potencial de 1,18 milhão pretendido pela diplomacia angolana.

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