O financiamento de 753 milhões de dólares (642 milhões de euros ao câmbio atual) é assegurado pela US International Development Finance Corporation (DFC) em 553 milhões de dólares e pelo Bando de Desenvolvimento da África do Sul (DBSA, na sigla inglesa), em 200 milhões de dólares, à Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária responsável pela exploração da linha ferroviária.
Esta operação é a primeira transação entre Angola e a DFC e, simultaneamente, o maior financiamento alguma vez concedido por esta instituição financeira de desenvolvimento em África neste setor.
"Esta assinatura é um sinal claro de confiança internacional em Angola e na nossa capacidade de estruturar e executar projetos complexos, com rigor, transparência e padrões de governação de classe mundial", sublinhou o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D'Abreu, num comunicado hoje.
Segundo Ricardo Viegas D'Abreu, "o Corredor do Lobito posiciona Angola como um pilar de estabilidade e integração regional, transformando o país numa plataforma logística e de exportação com relevância estratégica para as maiores economias mundiais", representando para o ministro um marco estratégico para o país e para o continente africano.
"Um projeto estruturante para Angola, para a região da África Austral e para a conectividade económica global", destaca ainda o Governo angolano no comunicado.
Anunciado no ano passado sob a administração do anterior Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, este empréstimo visa renovar 1.300 quilómetros de linha férrea e fornecer novas locomotivas.
"A Africa Central é rica em recursos chave essenciais para as indústrias americanas, nomeadamente em matérias-primas estratégicas para os setores da tecnologia e da defesa", justifica a agência americana de financiamento ao desenvolvimento (DFC) num comunicado.

