Em definitivo para o país, os angolanos e de uma forma geral para todos quantos cá vivem e trabalham (legal/ilegalmente), estes primeiros dias da nova maratona anual, estão a ser tudo, menos auspiciosos.
O novo arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias, transmitiu hoje uma mensagem de “diálogo” e de “simplicidade”, para concretizar durante o ministério que agora inicia na Igreja Católica da capital angolana.
Em 2017 teremos as eleições mais disputadas e decisivas para o MPLA e continuidade de José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola a frente dos destinos do país.
Hoje falar de oposição, apesar de “desindinheirados” (leia-se sem dinheiro), representa na verdade falar do único partido vivo extra parlamentar Bloco Democrático, dos descuidados jovens revolucionários deveras corajosos sem me esquecer de citar alguns intervencionistas políticos que agem a contra ponto aos subversivos achaques da politica diversionistas do MPLA.
Antes de mais e para inicio de prosa é bom que fique claro, até como ponto prévio, que não ser Charlie, não é, necessariamente, ser anti-Charlie, nem pouco mais ou menos, mas também pode ser, como é evidente.
A UNITA é a força política da oposição, com mais Credibilidade, em Angola e não só, mas deve demonstrar no seu Próximo Congresso que pode eleger um Presidente de qualquer Etnia Angolana, sob pena da Unidade do Partido ser verdadeiramente minada.
Não fora o diminuto conhecimento (pior ainda, a falta de discernimento) com que em Portugal se olha hoje em dia para as realidades africanas, também manipuladas ou distorcidas nos redemoinhos dos jogos da política doméstica, não fora isso e seria difícil entender essa espécie de fixação que ciclicamente apresenta a comunidade portuguesa em Angola como estando sob uma ameaça qualquer.
Angola vive momentos indisfarçáveis de inversão de valores morais terrivelmente identificáveis no centro da família real, sitiada na cidade alta a mais de trinta e cinco anos. A avaliação da situação identifica essa família como o fator determinante do perturbador desequilíbrio, que torna cada vez mais pobre o país recebido das mãos do colono branco extremamente rico.