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Sexta, 28 Março 2014 12:15

Portugal Telecom considera positivo reconhecimento da dívida da Unitel

O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, classificou como «positivo» o facto de a participada angolana Unitel ter reconhecido a dívida à operadora e que irá pagar os dividendos à empresa.

Há dois dias, a Unitel, controlada pela empresária angolana Isabel dos Santos e onde a PT detém 25%, comunicou ao mercado que ainda não pagou os dividendos à PT por esta ter dado a referência da PT Ventures como destino de pagamento, alegando que aquela entidade «não faz parte do registo accionista» da operadora angolana.

Em declarações aos jornalistas, após a assembleia-geral extraordinária de acionistas da PT, que aprovou com 99,8% dos votos o aumento de capital, Henrique Granadeiro lembrou que a empresa já respondeu à Unitel, afirmando tratar-se de um «‘quid pro quo' de ordem burocrática».

Sobre o comunicado da Unitel, afirmou considerá-lo «muito positivo», na medida em que a empresa reconhece a dívida e declara a «disposição de pagar, ultrapassado um 'quid pro quo' de ordem burocrática, se é que ela existe», disse o gestor. O comunicado «é uma honrada declaração de reconhecimento da dívida e uma honrada declaração de que pagarão a dívida (...)», sublinhou.

Questionado sobre se este tema poderá ter algum impacto menos positivo na fusão com a brasileira Oi, Granadeiro afastou esse cenário.

Em relação à Unitel, o presidente executivo da PT salientou que este «é um projeto de grande sucesso, de que se orgulham os parceiros da Unitel, quer os que são de Angola quer aqueles que não são, como é o nosso caso», afirmou o gestor, adiantando que a empresa angolana tem «grande capacidade de realização» e que «está com números de execução acima do plano» nos dois primeiros meses deste ano.

«Qualquer que seja a evolução das nossas relações com a Unitel, não apaga a forma como o projeto foi desenvolvido, a história de sucesso que se construiu e a consideração que nos merece» a empresa, argumentou.

Questionado sobre se a parceria com a Unitel é para manter ou vender, Henrique Granadeiro disse: «Esse problema é uma questão que está aberta», numa alusão à segunda parte do comunicado da Unitel.

Nessa parte do comunicado, a operadora «falava de um hipotético direito de preferência», mas «nós ainda não discutimos se há esse direito de preferência, pessoalmente tenho dúvidas que haja direito de preferência», acrescentou Granadeiro.

LUSA

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