Em declarações à imprensa, um dos suspeitos e funcionário da empresa de segurança que protege a base da TCUL, António Miguel, realçou que o incêndio ocorreu em virtude de ter colocado fogo para queimar o capim que estava a tomar conta daquele local.
“O incêndio aconteceu as 13 horas, estava a fazer uma ronda ao quintal da base e vendo que o capim estava muito alto decidi queimar, e o fogo propagou-se até aos autocarros” esclareceu.
Acrescentou que na companhia dos seus colegas se engajaram para extinguir o incêndio, mas não foi possível controlar, tendo se socorrido aos bombeiros que evitaram a progressão das chamas.
Segundo o mesmo foi pela primeira vez que efectuou a queima do capim, mostrando-se por isso arrependido pelo acontecimento.
Por sua vez, o superintendente chefe de Investigação Criminal, Manuel Halaiwa, confirmou a detenção de cinco cidadãos, com idades compreendidas entre os 27 aos 64 anos, por sinal, agentes da segurança que protegem a base desta empresa, por indícios da prática de fogo posto, presumível causa deste incêndio.
Aquele oficial superior disse que as investigações vão continuar e contam com o apoio de uma equipa do laboratório central de criminalista, para aprofundar os detalhes ligados a este incêndio.
Por isso, disse, os cidadãos detidos serão presentes ao Ministério Público para o seguimento e se houver esta promoção vão ser encaminhado ao Juiz de garantia para aplicação das medidas de coação pessoal, correspondente a imputação ao crime de fogo posto.
Entretanto, uma das moradoras do Zango, Feliciana Júlio, lamentou a queima dos autocarros, uma vez que têm encontrado enormes dificuldades para apanhar os transportes, sobretudo agora com a subida do preço da “corrida” de táxi.
O ancião, Soares Rafael, considera um gesto reprovável e que onera os cofres do Estado que tanto se esmera para aquisição de mais transportes públicos para assegurar a deslocação da população.