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Quinta, 19 Março 2020 11:11

Banco Sol : Mário Atónio Vs Mário Nascimento

O General Mário António (PCA da GEFI, S.A. empresa do MPLA e Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Banco Sol), revela total incapacidade e falta de conhecimento do papel de acionista maioritário do Banco Sol, abusando dos “poderes” e a relação pessoal que tem com o Presidente João Lourenço, o que faz questão de afirmar com veemência e de forma frequente.

Governa o Banco com arrogância, prepotência, estes motivos e outros mais fizeram inclusive que segundo Mário Nascimento pedisse a sua demissão. Estes mesmos motivos foram motivos da ausência na última reunião extraordinária da Assembleia Geral que visava a demissão de Mário Nascimento da condição de PCE do Banco após 10 meses. Os accionistas (e seus representantes) Ana Paula dos Santos, Noé Baltazar, Artemizia Lemos, Manuela Ceita, Júlio Bessa e Martal, não se fizeram presentes porque desde então nunca sequer estiveram de acordo com a imposição de Mário Nascimento como PCE conforme arrogantemente fez na ocasião Mário António.

“Micheiro” como é Mário António exigia de Mário Nascimento “cabazes” financeiros todos os meses (para além do salário que já recebia), impunha, a concessão de créditos as suas namoradas e conhecidos, sem garantias sólidas e com montantes avultados, impunha quais as empresas que deveriam ser beneficiadas de divisas, dentre as suas e de seus amigos (em detrimento dos melhores clientes e com carteiras de depósito significativas e regulares), importunava semanalmente o PCE com coisas fúteis, banais e até do gênero “disse e não disse”, infiltrou a sua amante a Administradora Ana Silva (Kazumbula) que na prática tornou-se a verdadeira PCE, passando esta a fornecer informações deturpadas todos os dias e inclusive todos dados relacionados com as agendas, discussões e conclusões das reuniões da Comissão Executiva antes mesmo de terem sido oficialmente publicados ou documentados. Com estas informações ao seu dispor Mário António então ligava ou convocava os membros da Comissão Executiva e do Conselho de Administração para arrogantemente destratá-los, nos escritórios que abriu no 4º Andar do Hotel Presidente Meridien de onde de facto governava remotamente o Banco Sol e as empresas do seu partido MPLA. Ele e o seu sócio e PCA do Banco Sol Coutinho Nobre Miguel, são os detentores da empresa Socorro que presta péssimos serviços de segurança a todos os balcões do Banco a nível nacional e que recebem mais de 1 milhão de dólares por mês. 

Exigiu e conseguiu um crédito no valor de 50 milhões de dólares americanos para as suas empresas Jumbo – Kileba, o que impactou gravemente nas imparidades da Avaliação da Qualidade dos Activos. Neste momento o mesmo nem sequer consegue justificar a aplicação destes fundos visto que o Jumbo está hoje como está, pior que um Poupa-Lá e basta a quem quer que seja vá constatar com os próprios olhos, o problema do Jumbo-Kileba chega a ser mais grave porque Mário António queria dar como garantia apenas as instalações do Jumbo, que não lhe pertencem sem ter justificado o fim real dado aos valores emprestados, situação esta que Mário Nascimento não aceitou.

Mário Nascimento revelou-se para além de grande namoradeiro (as amantes Ana Carreira e Paula Tavares que o digam), antes de apresentar o seu pedido de demissão no dia 16/03/20, conversou com todos outros membros da Assembleia Geral, mas não com Mário António, aos quais agradeceu o apoio, revelando o seu profundo desagrado pelas atitudes de Mário António sugerindo até que os demais membros da Comissão não deveriam mais sujeitar-se a tamanhas humilhações, das quais ele se estava a livrar no momento.

Tendo Mário Nascimento batido com a porta, eis que Mário António surge com uma nova proposta, a de nomear Paixão Franco em substituição como PCE, o actual proposto foi mentor e causador de perdas de mais de 400 milhões de dólares ao BDA que liderou como PCA de 2006 a 2013, atribuindo créditos e exigindo contrapartidas chorudas, sem que os mesmos tivessem garantias reais de reembolso, se calhar este atributo serviu de critério de escolha de Mário António para continuar a “michar” junto de outro “micheiro”. Esta nova imposição aos accionistas do Banco Sol é deveras ilegal porque a maior parte dos mesmos nem sequer se fizeram presentes e mais uma repetição do que aconteceu com a anterior com Mário Nascimento. Socorrendo nos de alguns artigos publicados 2016 no podemos então destacar os seguintes factos :

“Tudo isto vem a propósito de mais um desastre anunciado : o do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).Há poucos dias, o presidente do Conselho de Administração do banco, Manuel Neto da Costa, comunicou que o banco enfrentava perdas acumuladas no valor de US $400 milhões, estando na iminência de perder todos os empréstimos que fez. Neto da Costa confirmou que tal situação se deve a uma péssima gestão de concessão e controlo dos empréstimos efectuados pelo banco, assegurando que mais de 70 porcento desses empréstimos se destinaram a projectos mal estruturados e sem garantias.”

“A gestão de Paixão Franco esteve envolta em polémicas, e o certo é que em 2010 este era considerado um dos 50 homens mais ricos de Angola, apenas quatro anos depois de ter assumido a presidência do BDA. Contudo, em 2013 surgiram diversas referências a vários escândalos onde Franco se teria envolvido, como o caso da Cruval, Lda. Esta empresa recebeu mais de oito milhões de dólares de financiamento para construir uma cerâmica, que acabou por ser uma obra fictícia. Contudo, Paixão Franco nunca tomou qualquer medida para exigir o dinheiro de volta”. “Este financiamento fora aprovado directamente por Paixão Franco, sem intervenção de outros membros do Conselho ou de qualquer técnico”.

“O BDA constitui então mais um exemplo típico de incompetência e corrupção na gestão dos dinheiros públicos, com consequências devastadoras”.

Todos ingredientes anteriormente citados vão de encontro aos receios dos funcionários do Banco Sol em relação o futuro sombrio que ainda se lhes reserva.

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