De acordo com Gabriel Tchingandu, enquanto que JES privilegiava (através do GRECIMA), as políticas de Marketing e Publicidade nas campanhas pré-eleitorais, contratando para efeito renomados marketeiros brasileiros, JLO terá eleito as estratégias de propaganda mediante o GAPI.
"Com o efeito, terá sido Samuel Adams, político e estadista norte-americano (1722-1803) quem apontou as características elementares desta forma de comunicação no seu manifesto intitulado "Propaganda de Guerra" consubstanciado na criação de uma equipe de activistas para convencer o povo inicialmente pouco interessado sobre a importância dos seus actos, uso de diversos media, emprego de símbolos e a criação de pseudo-eventos para, por exemplo, obter a atenção da opinião pública e a orquestração do conflito e sua amplificação e implicação, desviando a atenção pública aos problemas considerados incómodos", referiu Tchingandu.
Assim, apontou que, dois recentes casos revelam a aplicação desta estratégia propagandística, por especialistas de comunicação institucional factos à governação de João Lourenço.
Segundo o académico, a notícia da destituição de ACJ pelo Tribunal Constitucional, dois dias antes da consumação do facto, visou também diminuir o impacto político da proclamação pública da Frente Patriótica Unida (FPU).
De facto, ressaltou, os média tradicionais e digitais, amplificaram mais a notícia negativa da destituição em detrimento da positiva, FPU, o que fez, comunicativamente, a estratégia triunfar.
O segundo facto, disse ainda, está relacionado com a anulação do impacto mediático da notícia dos bispos da Igreja Católica, com a sobreposição da notícia hodierna da entrega por Adão de Almeida, do regulamento do chamado Acordo Quadro entre a Igreja Católica e o Estado aos bispos católicos.
"Assim já poucos vão falar das mortes por fome e seca no sul do pais, da criminalidade e lixo, dos satélites e edifícios milionários. Não serão mais assuntos publicados nos média como agendado no recente comunicado dos bispos católicos", considerou.
Fez também saber que, nesta época pré-eleitoral, será contraproducente afrontar directamente a instituição católica no seu todo, mas esta estratégia não retira tácticas de isolar, sujar e atacar a integridade moral de algumas figuras da CEAST mediante a chamada "milícia digital", explorando e expondo iguamente os escândalos da Igreja Católica como retaliação por denúncias publicadas.
Tecnicamente, enfatizou, esta estratégia é, no entanto, reactiva e pouco eficaz para as necessidades da comunicação persuasiva do Executivo, no actual contexto, pois quem persegue, segue.