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Quarta, 25 Fevereiro 2015 17:41

Embaixador Angolano em Portugal garante que Angola vai honrar compromissos com parceiros

Lisboa - O embaixador angolano em Portugal, José Marcos Barrica, garantiu, nesta terça-feira, em Setúbal (Portugal), que o Estado angolano não vai beliscar os compromissos com os seus parceiros internos e externos, apesar da situação económica menos boa que atravessa.

 

Em declarações durante um jantar conferência em Setúbal, no quadro do projecto “Embaixadorias”, promovido pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação luso, Luís Campos Ferreira, entre 23 e 24 de Fevereiro, visando a promoção de exportações e a internacionalização das empresas portuguesas.

Marcos Barrica reconheceu que a “perturbação macroeconómica que se vive substancialmente”, causada pela queda do preço do petróleo no mercado mundial, “não vai beliscar os compromissos com os seus parceiros internos e externos, nem deita por terra a necessidade vital de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento (2013/2017)”.

Sobre o PND, destacou que nela “pontifica a urgência da diversificação da economia nacional para que o país deixe de ser tão vulnerável aos choques resultantes da flutuação de preços do crude aumentando as receitas não petrolíferas (tributárias e patrimoniais”.

Classificando a situação actual do país como também “uma oportunidade para empresas exportadoras”, e dentro do quadro do PND, José Marcos Barrica apelou às empresas estrangeiras a implementarem-se de “corpo e alma” nos 22 pólos industriais existentes e em criação, “contando com os benefícios institucionais oferecidos, entre os quais protecção e segurança”.

Marcos Barrica criticou ainda “alguma dose de empolamento” de notícias sobre Angola nos meios de comunicação social portuguesa, que têm criado “certa desconfiança e pânico, desnecessariamente”.

“Identificadas as causas da temporária instabilidade macroeconómica e tomadas as necessárias medidas de reversão do estado de coisas, a situação em Angola não é de crise nem de descalabro. Estamos muito longe disso”, frisou, apontando o recente posicionamento de instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em resposta também às inquietações de alguns empresários portugueses, Luís Campos Ferreira apelou à calma e serenidade dos seus compatriotas, acrescentando que Angola “é um país novo que trilha o seu próprio caminho e que só agora está a viver em paz”, recordando que a relação com Angola é estrutural e estruturante.

“O que se passa em Angola são dores próprias do crescimento e todos devem compreender e ser tolerantes, pois leva tempo a construção de um país”, disse.

Durante os dois dias de trabalho naquela região lusa, Marcos Barrica admitiu o estabelecimento de cooperação na área portuária, exemplificando o Porto do Lobito, assim como no sector do conhecimento, realçando ainda a “aposta muito séria" do executivo em sectores estruturantes da economia.

Marcos Barrica fez-se acompanhar dos adidos comercial e de imprensa, respectivamente Amadeu Nunes e Estevão Alberto, e visitou as instalações da Siemans, da Academia de Futebol do Sporting de Portugal, do Porto de Sines, da Portucel, da Etermar e da Adega José Maria da Fonseca.

ANGOP

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