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Quinta, 31 Março 2016 13:28

Sucessão de Eduardo dos Santos não provocará cisões no MPLA

O embaixador itinerante de Angola, Luvualu de Carvalho, considerou que a sucessão do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não vai provocar cisões no MPLA, partido no Governo.

Em entrevista à agência Lusa, o diplomata justificou que não acredita em cisões porque o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) "mostrou sempre ser um partido sério" e "com maturidade", recordando os esforços da formação política, não apenas na libertação de angola, mas também da África Austral.

"Não acredito que estejamos perante uma situação difícil", disse, referindo-se à sucessão de José Eduardo dos Santos, que anunciou este mês que se retiraria da vida política em 2018.

O embaixador referiu que este assunto vai ser debatido pelos delegados no próximo congresso do partido, previsto para agosto próximo, em que serão também debatidas as eleições de 2017 e o futuro de Angola.

Questionado como imagina Angola pós-Eduardo dos Santos, Luvualu de Carvalho referiu que espera "um país com um grande futuro, onde a juventude, acima de tudo, continuará a ter um papel fundamental para a manutenção da sociedade".

"Acredito que continuará a ser este país de sucesso que é e a vencer estas dificuldades do século XXI", disse.

José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA e chefe do Estado angolano há 36 anos, anunciou a 11 de março que deixa a vida política ativa em 2018, ano em que completará 76 anos.

O anúncio foi feito em Luanda na abertura da 11.ª reunião ordinária do Comité Central do MPLA, convocado por José Eduardo dos Santos para preparar o congresso do partido, agendado para agosto e que servirá para preparar as candidaturas às eleições gerais de 2017 em Angola.

"Em 2012, em eleições gerais, fui eleito Presidente da República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política ativa em 2018", anunciou José Eduardo dos Santos na sua declaração.

Contudo, neste discurso, o Presidente angolano não clarificou em que moldes será feita a sua saída da vida política e se ainda estará disponível para concorrer às eleições gerais de agosto de 2017 ou à liderança do partido, este ano, antes da sua retirada.

José Eduardo dos Santos é Presidente de Angola desde setembro de 1979, cargo que assumiu após a morte de Agostinho Neto, o primeiro Presidente do país depois da independência.

© Lusa

 

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