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Segunda, 02 Dezembro 2019 09:47

Lucas Ngonda fica mais catorze meses na liderança da FNLA

O processo de reconciliação da FNLA já foi concluído, o partido está a preparar-se, com a realização das Assembleias Provinciais electivas, para a eleição dos delegados ao quinto Congresso que se avizinha

O porta-voz da FNLA, Gerónimo Makanda, disse, ontem, a OPAÍS que o actual líder da FNLA, Lucas Ngonda vai ainda dirigir o partido por um período de catorze meses, depois da realização do Congresso, assunto acordado entre as partes que negociaram para a unidade e reconciliação dentro do partido. Gerónimo Makanda avançou que a aceitação dos membros antes divididos em alas já foi consolidada em reunião em que participaram quatro grupos, designadamente a direcção do partido liderada por Lucas Ngonda, o grupo dos reformistas, a ala do ex-presidente Ngola Kabango e o grupo do Carlito Roberto, fi lho do líder fundador, Álvaro Holden Roberto, um grupo de se havia- desmembrado da ala de Ngola Kabango.

O Congresso

A fonte fez saber que o partido está a preparar-se para a realização do seu quinto Congresso Ordinário, a decorrer nos dias 12 e 13 do corrente mês em Luanda. Salientou que o referido Congresso não vai eleger um novo presidente e sim legalizar uma direcção transitória para o partido, enquanto o actual líder Lucas Ngonda estará ainda na direcção durante catorze meses e duas semanas, tal como foi acordado pela comissão de negociação. Findo esse período de catorze meses e duas semanas, explicou que o partido vai realizar um Congresso Extraordinário sem a participação de Lucas Ngonda.

“Por uma iniciativa própria, o presidente Lucas Ngonda entende que, terminada a transição, ele vai abandonar a vida política activa e, desta forma, nós vamos reconstituir o partido com a eleição de um novo líder”, disse. O quinto Congresso Ordinário da FNLA é considerado como um Congresso de compromisso, e irão participar todas as partes que constituem aquela formação política. As delegações, segundo o porta-voz, já estão a trabalhar em todo o território nacional.

A reconciliação

Relativamente ao clima de desavenças que existiu no partido nos últimos anos, Gerónimo Makanda assegurou que depois de o memorando de entendimento ter sido assinado, o partido está gora mais coeso, sem intrigas e com mais vontade de trabalhar para os próximos desafi os políticos. “O novo pacto está aberto a todos os grupos. Temos estado a trabalhar em conjunto, trocando correspondências, não existem mais queles problemas, o importante agora é que todos respeitemos as decisões tomadas.

Finalmente teremos uma FNLA capaz de concorrer para as eleições autárquicas e para as próximas eleições gerais”, afi rmou. As partes que negociaram para a reconciliação trabalharam durante um período de cinco meses, remetendo questões relacionadas com a unidade interna, e, terminado este período, a força política em causa pretende realizar a cerimónia que culminará com a assinatura de um pacto de entendimento que será ratifi cado em Congresso, tal como mandam os estatutos do partido. OPAIS

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