Depois de quase dois anos passados da eleição de Adalberto Júnior a presidência da UNITA em novembro de 2019, estando presentes membros do Tribunal constitucional, representantes diplomáticos, partidos políticos incluindo o MPLA, membros da sociedade civil, entidades religiosas.
O congresso foi reconhecido pelo Tribunal Constitucional, publicado no diário da República e felicitado pelo Presidente João Lourenço. O congresso teve cinco candidatos e nenhum deles reclamou a victória do actual presidente do Galo Negro.
Apesar das informações vinculadas nas redes sociais e pelas TPAs1,2,3, RNA, Jornal de Angola, Angop e…, sobre a impugnação de Adalberto Costa Júnior do cargo de Presidente da UNITA, o Tribunal Constitucional deve pronunciar-se formalmente sobre a destituição de Adalberto Costa Júnior; a TPA fez referência ao oitavo congresso realizado em 1995; onde estavam com a cabeça a esse pronunciamento nefasto? Em Angola, a prática tem sido o critério da verdade porquanto foi o mesmo MPLA que disse:” que a democracia lhes foi imposta”.
O MPLA bateu no fundo e diante dessa informação pretende de um lado ofuscar a formalização da FPU, de outro lado, medir a pulsação da sociedade angolana e por outro lado a todo custo, criar um cenário de instabilidade política, culpando a sociedade civil e a UNITA como os grandes causadores e como consequências dessa conduta, o MPLA não convocaria eleições parlamentares e se manteria no poder a tempo indeterminado. Para coisas ruins, o regime tem peritos na matéria, para o bem comum dos cidadãos, para o desenvolvimento social, boa governação não consegue fazer o mínimo desde 1975.
O futuro pelo andar das coisas no nosso país tende a ser imprevisível e possivelmente dois cenários podem acontecer nos próximos meses:
A ) - Acertar o barco e caminhar até as eleições
B ) - Se o MPLA esticar a corda a ponto de rebentar, poderá não chegar às eleições de 2022.
Todavia, dizer que a sociedade civil está atenta e actua sempre que vir e perceber que há irregularidades; portanto, será decisivo a conduta da mesma para a permanência no poder do MPLA até as eleições.
Do ponto de vista jurídico, a destituição de Adalberto de Costa Júnior é inconstitucional e desrespeita a lei dos partidos políticos. Politicamente, o MPLA tudo faz para impor a sua vontade; mas todos os dias perde pontos para a oposição que soma e segue.
A UNITA é tão madura que percebeu faz muito tempo os truques do regime desde a década de setenta e por isso, não deve jogar o futebol deles. A UNITA nunca deveria convocar um congresso extraordinário para uma nova eleição mesmo que seja para obedecer a leis injustas ou fazer de Adalberto da Costa Júnior o concorrente único, qual será a garantia de que o regime do MPLA terá? Será que achará normal isso sem que vos atirem farpas e talvez daquelas profundas? O regime é astuto para as coisas ruins. Muita atenção! Constitucionalmente, o Tribunal constitucional se vier a público de forma oficial e destituir o presidente da UNITA, seria contra as regras jurídicas e perderia o país dentro e fora. O MPLA tem estratégias maquiavélicas para inviabilizar, denegrir, deturpar as próximas acções da UNITA se jogar a bola do sistema. A UNITA não deve aceitar a impugnação do congresso porque é ilegítimo.
À UNITA aconselha-se o seguinte:
1 - Agir como Frente Patriótica Unida de hoje em diante
2 - Ler os sinais dos tempos a luz da realidade actual e estar vigilante
3 - Ser inteligente em contornar as manobras do MPLA
4 - Tomar medidas adequadas no momento certo e na hora certa.
Só assim, Angola e os angolanos sairão victoriosos.
Por: Talagongo Okola