A denominada "Marcha Pacífica pela Cidadania" será realizada em todo país e igualmente no estrangeiro, cujas palavras de reflexão avançam que, a qualidade dos políticos e da política de qualquer sociedade depende muito da força de vontade e da consciência cívica dos seus cidadãos, porque os cidadãos são responsáveis pelas grandes mudanças e reformas que acontecem/aconteceram no mundo.
No caso em concreto de Angola, apelam os activistas, para que haja a realização ou concretização dos direitos civis, políticos e/ou económicos, é necessário que o próprio cidadão tome consciência e participe nos grandes desafios pela mudança.
"MPLA não fará mudanças neste país se os jovens não forem intransigentes, resilientes ou persistentes naquilo que realmente querem para o país", alertam.
O ano 2020, recordam, foi bastante desafiante para os angolanos, mostrando ao mundo a sua vontade de continuar à lutar pacificamente, exigindo reformas políticas e económicas que visam melhorar a qualidade de vida dos angolanos.
Sendo assim, apartir do próximo dia 20 de Março, do corrente ano, voltaremos a sair às ruas de todas as cidades capitais de Angola para exigirem a marcação da data para a realização das eleições autárquicas ou locais em todo país sem rodeios;
1- A revisão da actual Legislação Eleitoral;
2- Reformas da actual composição desigual da CNE;
3- A auto-demissão do presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva Manico;
4- Redução do elevado custo de vida dos cidadãos angolanos e;
5- O afastamento do Ministro e Director do gabinete do Presidente da República, Edeltrudes Costa.
"A construção da correlação de força entre a sociedade civil e o poder depende (rá) da nossa capacidade de agir e saber fazer. A nossa geração não pode falhar", enfatizam o apelo.
O local de concentração da manifestação em Luanda, como é habitual, será o Largo do Cemitério da Santa Ana, pelas 10 horas com destino ao 1° de Maio, às 12 horas.
Na ocasião, a Sociedade Civil Contestatária, Movimento Social de carácter Nacional e Internacional, com perfilação em mais de 11 províncias de Angola, apercebendo-se da manifestação, com as pautas reivindicativas têm que ver com as causas nobres e dignas de luta, expressou o seu incondicional apoio à organização.
"A "SCC" ao abrigo da "unificação das lutas cívicas", com o objectivo de forçar com que as alterações e melhorias no quadro social, econômico e político se evidencie, e por estarmos em consenso com a organização da mesma manifestação, que prontamente se estreitou relações que são característicos no âmbito das iniciativas sociais e cívicas, portanto, não somos "contra-angola", e sim por Angola e pelos Angolanos", e diante desta pauta reivindicativa, nós nos revemos, e apoiamos", conforme se lê.
A Sociedade Civil Contestatária, considerou ainda que a revolução é um processo que se faz em colectivo, por consciência Colectiva, sem divisões nem paralelismo de ideias e opiniões, "nesta senda, a SCC é pela convergência cívica e de unificação de forças".