Um dos alertas sobre o que se estava a passar foi dado pelo site de informação independente Repórter Angola: ” Uma dezena de importantes sites de notícias do país, como o portal Club K, Na Mira do Crime, Estado News , Angoweb, entre outros, foram desativados desde quinta-feira passada 03 de setembro, devido a um ataque cibernético de origem desconhecida”. Um dos sites com grandes dificuldades de funcionamento foi O País, que é parceiro do Plataforma.
Em contacto com o Angoweb, um fornecedor de serviços na internet que aloja grande parte deste sites no seu servidor, garantiu ser a primeira vez que ouviu a versão do “ataque cibernético” e que a explicação que estava a dar aos clientes era de outra ordem, puramente técnica. “Não se tratou de nenhum ataque. Trata-se de uma avaria, anomalias em alguns dos IP’s (endereço de protocolo da internet) em uso neste servidor. Está um curso um processo de actualização das contas, após a substituição dos IP’s em causa, uma vez concluído, volta tudo ao normal”, referiu a empresa em resposta ao Plataforma.
Daniel Frederico, diretor do site RepórterAngola, estava inclinado para “a tese de alguns analistas de se tratar de ataques cibernéticos a empresas de comunicação social de Angola que são críticas do regime”. Como se constatou depois através da Angoweb não houve aqui nenhum ataque promovido por hackers mas apenas a vulnerabilidade de algumas contas agregadas neste servidor.
O diretor do RepórterAngola acrescentou: “Nunca antes tinha acontecido os sites ficarem quase parados por uma semana, quando muito ficavam uma hora em baixo por vezes quando iam para manutenção”.
Ciente do problema inédito pela dimensão e duração, a Angoweb apresentou a “estimativa de que as contas todas sejam actualizadas até meio da próxima semana”. “O processo é por ordem alfabética e umas estarão funcionais antes das outras, naturalmente. Temos estado a informar os nossos clientes dos problemas em causa”, concluiu a empresa. Plataforma Media