O Presidente de Angola, João Lourenço, anunciou na quarta-feira que as condecorações que estão a ser realizadas pelos 50 anos de independência do país vão ser extensivas aos históricos Jonas Savimbi e Holden Roberto, líderes fundadores da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), respetivamente.
“Para mim é uma boa informação, uma boa novidade, todo o mundo sabe [qual foi] a contribuição de Holden Roberto, não vale a pena fazer muitos comentários.
Ele contribuiu fortemente para a independência de Angola”, disse Nimi a Simbi em declarações à imprensa, no final de um encontro com o chefe de Estado angolano.
A decisão de distinguir os fundadores da UNITA e da FNLA surgiu após críticas e polémica pela ausência destes nomes nas listas de condecorações já atribuídas no âmbito das celebrações da independência, declarada a 11 de novembro de 1975.
Nimi a Simbi referiu que era um “pedido antigo” ser recebido pelo Presidente angolano, salientando que o encontro teve como principal objetivo abordar a situação dos ex-militares do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), antigo braço armado da FNLA.
Segundo Nimi a Simbi, “a conversa foi boa”, mas a atual situação dos antigos militares da FNLA é de lamentar. “Eles contribuíram para a libertação de Angola e eles vivem neste momento em más condições, são pobres”, disse o político, acrescentando que solicitou que “o Estado melhore as suas condições”.
A FNLA, partido histórico angolano e um dos signatários do Acordo de Alvor assinado em 15 de janeiro de 1975, juntamente com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a UNITA e o Governo português da altura, tem vivido crises internas desde a morte do seu líder fundador, Álvaro Holden Roberto, em 2007.
Nas eleições gerais de 2022, o partido conseguiu conquistar dois assentos parlamentares.