Em declarações à imprensa, no final da cerimónia de apresentação da Mensagem sobre o Estado da Nação, que marcou a abertura do Ano Parlamentar 2025/2026, o governante referiu que essa disponibilidade financeira resulta do regresso de Angola ao mercado internacional de capitais, onde solicitou a emissão de Eurobonds (títulos de dívida internacional) de USD 1,75 mil milhões, três anos depois da última emissão.
Ou seja, recentemente, o Governo angolano solicitou a emissão de Eurobonds de 1,75 mil milhões de dólares, mas teve uma oferta dos investidores internacionais de cerca de USD 6 mil milhões.
“A confiança depositada a Angola pelos investigadores internacionais de capitais é algo extraordinário para o nosso país, pois isso revela a confiança que o mercado tem no trabalho que Angola tem desenvolvido, facto que enaltece a seriedade do nosso trabalho”, realçou.
Segundo José de Lima Massano, Angola é um país que, com maior ou menor dificuldade, honra com as suas responsabilidades perante às instituições financeiras internacionais, dando passos “importantíssimos” de inserção nesta comunidade a nível do mundo.
O país estreou-se no mercado internacional de capitais em 2015, com a operação “Palanca I”, que captou 1,5 mil milhões de dólares, seguida de novas emissões em 2018 (3,5 mil milhões de dólares) e em 2019 (3 mil milhões), distribuídos em duas tranches.
As emissões de Eurobonds visam diversificar as fontes de financiamento, optimizar a gestão da dívida pública e contribuir para o equilíbrio orçamental, em alinhamento com a percepção de risco do país e com a conjuntura económica global.
Eurobonds é um dos tipos de título de dívida internacional que é denominado em uma moeda diferente da moeda do país onde é emitido. Eles também são chamados de títulos externos e geralmente são categorizados de acordo com a moeda em que são emitidos.
Esse título é uma forma de captação de recursos no mercado de capitais, permitindo que as empresas ou governos emitam títulos de dívida em uma moeda estrangeira, oferecendo aos investidores a oportunidade de investir em activos denominados em moedas fortes, como dólar americano, euro, libra esterlina, entre outras.