Esta vontade foi expressa pelo Presidente da República, João Lourenço, que falava em conferência de imprensa após um encontro com o seu homologo José Ramos Horta, no Palácio Presidencial.
De acordo com João Lourenço, a industrialização dos países passa por um grande investimento em infra-estruturas, estradas, portos, água, sobretudo energia”.
"Tudo isso os nossos países estão a fazer. Mas até passarmos a considerar que somos países industrializados, ainda temos um grande caminho a percorrer. Até lá, temos que acarinhar bastante a agricultura e até mesmo garantir a segurança alimentar dos nossos países”, considerou o Presidente da República.
João Lourenço, considerou “excelentes” as relações entre Timor-Leste e Angola no contexto político e diplomático, e defendeu uma cooperação “mais intensa” em sectores como o comercial e económico, quer com Angola, como com os demais membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
De igual modo, manifestou, em seu nome e do Governo timorense, profundo apreço pelo contributo diplomático de Angola na luta para a independência de Timor-Leste.
Ainda hoje (segunda-feira), os dois Chefes de Estado reuniram-se em privado durante uma hora, no Palácio Presidencial, tendo analisado questões ligadas à cooperação bilateral e internacional.
Na sequência da agenda de trabalho, João Lourenço e Ramos-Horta assistiram à assinatura de três acordos de cooperação sobre consultas políticas bilaterais, isenção de vistos em passaportes diplomáticos e de serviço, bem como entre a Academia Diplomática Venâncio de Moura (Angola) e os Centro de Estudos Diplomáticos daquele país.
Angola e Timor-Leste estabeleceram relações diplomáticas no dia 20 de Maio de 2002.
Timor-Leste é um país insular e não possui fronteira terrestre com nenhum Estado, apenas marítimas com a Austrália, a Sul, através do Mar de Timor, com a Indonésia, a Norte e Oeste, através dos mares Banda e Savu e com a Papua Nova Guiné, a Leste, através do Mar Arafura.