Quinta, 18 de Abril de 2024
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Terça, 06 Julho 2021 11:43

Ministro Sérgio Santos deveria se demitir após serem desmontadas suas mentiras-diz Graça Campos

A ordem jurídica angolana não acolhe castigos para os embustes eleitoralistas. Segundo o jornalista, em Angola, o vazio legal e a complacência do Chefe está a encorajar a prática (do embuste) entre os membros do Executivo.

Graça Campos referiu que, há pouco mais de três semanas, o ministro da Economia e Planeamento, açambarcou competência do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) para anunciar, triunfante, o aumento do emprego no país.

Escandalizadas com as enormidades ditas por Sérgio Santos, recordou, algumas das maiores cabeças pensantes deste país reagiram com declarações que, em qualquer outro país em que as pessoas têm vergonha na cara, teriam levado toda a equipa económica do Executivo a pedir demissão.

"Depois daquele programa da MFM, em que economistas como Carlos Rosado de Carvalho, Precioso Domingos, António Estote e Fernando Vunge desmontaram de A a Z as mentiras do Ministro da Economia e Planeamento, se tivesse um pingo de vergonha na cara e algum respeito pelos familiares e amigos, na segunda-feira seguinte Sérgio Santos deveria fazer chegar ao gabinete do Presidente da República a sua demissão", considerou.

Mas em Angola, sublinhou, há pessoas que vão morrer sem saber o que é ter vergonha na cara.

Nestes termos, realçou que, em casos como aquele por que passou o ministro da Economia e Planeamento, os japoneses não costumam ficar-se pela demissão.

"Sem o menor constrangimento pela deslavada mentira dos números do emprego, e encorajado pelo silêncio/complacência do chefe dele, Sérgio Santos reincidiu no embuste", avançou Graça Campos.

MEP no mundo virtual

Na sexta-feira passada, referiu por outra, o ministro da Economia e Planeamento aproveitou a apresentação de uma dita Associação Angolana dos Jovens Produtores (AAJP) para esfregar na cara dos angolanos mais uma mentira.

Na ocasião, Sérgio Santos terá dito que há uma retoma gradual da actividade económica no país, aludindo a um “novo dinamismo da produção nacional, com o surgimento de novas empresas”.

Para Graça, por certo, o ministro Sérgio Santos referiu-se a um país virtual, que só existe no imaginário dele.

Na Angola real, declarou, a pandemia da Covid-19 (que está muito longe do fim) e as políticas equivocadas do Executivo estão a fechar cada vez mais empresas e a engrossar o exército de desempregados.

"Assoberbado pela pesada agenda do quotidiano, o Titular do Poder Executivo pode ainda não ter dado conta, mas o seu auxiliar da pasta da Economia e Planeamento foi tomado pela compulsão", disse.

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