Sábado, 05 de Julho de 2025
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Angola vive neste momento uma das maiores crises sanitárias de sua histórica, uma epidemia de cólera que já vitimou milhares de angolanos, entretanto o governo de Angola tem outras prioridades, como por exemplo um grande banquete organizado para empresários europeus, enquanto angolanos passam fome ou morrem de cólera.

No interior de Angola, a luta por justiça enfrenta um inimigo invisível e sorrateiro, o amiguismo no seio da advocacia. O que deveria ser uma prática profissional pautada pela ética, independência e defesa dos direitos dos cidadãos tem sido frequentemente comprometido por laços pessoais e interesses ocultos.

Recentemente, isto é, a menos de 4 dias, observamos na arena global, os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, o qual representa mais um capítulo da política de força que tem marcado a ordem internacional contemporânea.

Para dar o mote e responder a esta importante questão, começarei por esclarecer um pouco o percurso político deste actor político, por vezes tratado como um traidor à UNITA, mas também como um iniciador daquilo a que chamamos em política, um vector da terceira via.

Em dezembro de 2023, Angola anunciou sua saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2024, após 16 anos de participação. Essa decisão foi motivada pelo descontentamento com a política de cotas da OPEP, que estabeleceu para Angola um limite de produção de 1,11 milhão de barris por dia — abaixo do potencial de 1,18 milhão pretendido pela diplomacia angolana.

Em muitas democracias contemporâneas, o debate público está profundamente polarizado entre diferentes visões de mundo: ordem versus justiça social, tradição versus mudança, liberdade versus igualdade. No entanto, esse conflito, por mais intenso que seja, muitas vezes obscurece o verdadeiro centro do poder e: quem realmente governa um país?

É intrigante: além do secretário para a Imprensa, existe uma instituição denominada Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), ambos assessorados pelos portugueses da Agência de Comunicação Cunha & Vaz, a troco de largos milhares de dólares anuais.

A realização de emboscadas, ataques a caravanas e agressões a deputados são sinais inequívocos de que o conceito de Estado-nação em Angola pode estar a entrar em colapso.

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