A declaração do MPLA/JES em primeiro lugar não nos representa a todos os membros do MPLA, por outro lado e demonstrativo o medo que se entranhou nas hostes da elite do MPLA/JES, primeiro veio a terreiro o membro do comitê provincial de Luanda do MPLA/JES Norberto Garcia fazer através da “RNA” radio nacional de Angola declarações que propiciavam um outro pronunciamento mais contundente que veria através do atrapalhado bureau politico do MPLA/JES com os mesmos dizeres estupidamente feitos deficientemente por Norberto Garcia.
Joana Marques Vidal (J.M.V.) recebeu do “mais alto magistrado da Nação” o cargo de procuradora-geral da República.
O cargo e um mandamento a adicionar à Constituição da República e estatuto dos magistrados: “O Ministério Público (MP) deve falar a uma só voz”.
A ausência do ditador José Eduardo dos Santos,de Angola, que se traduziu na sua precipitada fuga, interpretada pelos serviços secretos do ditador, como sendo visita privada a Barcelona,só pode ser verdadeiramente traduzida, que JES, ele próprio, finalmente chegou a conclusão, de que já perdeu a razão.
É preciso que à autonomia formal se some a autonomia de carácter dos próprios magistrados do MP
Engana-se o Camarada Dino Cassulo, a exigência de que assassinos e corruptos sejam condenados, não precisa só vir de pessoas decentes, ou supostamente limpas com a sociedade e a justiça. Essa exigência é dever de todos, até dos corruptos que estão no governo do MPLA.
Há dias, um político angolano da oposição fez apelos relevantes para que os angolanos reforcem a unidade e promovam a reconciliação nacional.
Democracia e Estado de direito são faces da mesma moeda. A força da democracia e do Estado de direito vem da liberdade de expressão e da justiça. O civismo, a tolerância, a igualdade de oportunidades ou a solidariedade constituem a essência do regime democrático. Na democracia ninguém é excluído, mesmo os que se excluem deliberadamente. Ninguém está acima da lei, nem os que ignoram as leis e tudo fazem para que impere a ilegalidade, a arbitrariedade, a violência e o medo
Quero acreditar que nada houve entre a justiça e a política na questão do arquivamento. Todavia... Eugénio Almeida, investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE, acredita que é, de facto, estranho que tudo tenha acontecido de supetão e em encadeamento.