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Sexta, 11 Setembro 2020 14:00

Num país gerido por criminosos a polícia nunca é santo

E o médico nem sempre é o salva vidas: Eu até poderia iniciar este texto vos perguntando se aí se morre mais nas esquadras da polícia ou nos hospitais por negligência médica e não só, mas vai ficar para outra crônica essa pergunta.

Antes de me alongar quero dizer que estou solidário pela atitude tomada pelos médicos em tomar as ruas como sinal de protesto pela morte do seu colega, e é pena isto não ter acontecido por todo o país.

Alguma vez eu iria escrever este texto muito longo que não tem nada a ver com a morte do doutor Dala numa esquadra da polícia até porque não foi o primeiro caso nem será o último num país gerido por assassinos.

Para evitar vos torturar com uma leitura muito longa vou ter mesmo que dividir este texto em umas poucas partes. Mas por favor não me peçam já em seguida a segunda parte porque não gosto de escrever por encomenda.

Quando tiver que vir a segunda, terceira ou quarta parte vai acontecer podem crer meus queridos leitores. Se vermos com os olhos de ver levando em consideração os vários factos que falam por si só mesmos, vamos concluir que o exercício da medicina em Angola. Não é exercida de forma idónea nem com qualidade e é repleto de muitos casos de mortes por negligência médica e não só.

Eu respeito os profissionais da saúde pela grande importância de uma profissão que impactam diretamente na vida e na saúde das pessoas e são homens que lidam com uma série de questões polémicas tudo ligada à nossa saúde, vida e até morte. Num país como Angola gerido por corruptos gentes perigosas que vive demasiadamente preocupada com os seus bolsos fazendo girar quase tudo á volta do dinheiro e lucros conseguidos de forma quase nunca transparentes.

Ainda que haja decretos ou documentos que padronize e respalde o exercício da medicina de forma idónea e com qualidade é impossível na prática. Pois todos querem é faturar e raramente o doente e sua doença não são fontes de lucros, isto acontece sim em Angola e vocês mesmos que vivem aí sabem disto. Aqui é eu quero mesmo dizer e sem papas na língua de que há médicos em Angola que atuam tipo mercenários, comerciantes e que deixam morrer gente.

Por negligência e duvido que não haja os que até por encomenda dos serviços secretos direta ou indiretamente, pois até entre os médicos sempre houve agentes do sistema os chamados bufos. Mas ainda bem que não são todos e existem sim na verdade os que fazem dos seus próprios corações medicamentos.

Para salvarem vidas sem olhar nem obedecer a á ordens superiores num país onde até já se deixou morrer gente á porta de clínicas por ordens superiores e regras desumanas. Por falta de pagamentos, por falta de competência, por má qualificação dos profissionais onde houve até casos de quem foi com uma simples infeção no pénis e por pouco não ficou sem o pénis todo.

Quando não é o dedo falso que foi cortado porque o médico enganou-se, para não falar ainda agora dos esquemas para se engordar contas pessoais. Em clínicas hoje transformadas num verdadeiro campo de batalha onde ao fim do dia o médico que não regressar à casa com mais uns dólares nos bolsos é porque o dia lhe correu mal ou teve pouca sorte dizem...

Continuarei

Por Fernando Vumby

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