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Terça, 18 Agosto 2020 21:22

Crucificar Ex-presidente Santos e seus filhos afinal não fez terminar o banquete em Angola

Se nos primeiros meses da governação do presidente de Angola, general João Manuel Gonçalves Lourenço (JLO) os Angolanos, se encheram de alegria inusual provocada pelas promessas da luta contra a corrupção anunciada pelo presidente, que culminou ultimamente com o antigo, presidente José Eduardo dos Santos/seus filhos verdadeiramente crucificados.

Passados mais de 3 anos a realidade nos demonstrou que o banquete sobre os dinheiros de Angola, soma e segue, de cujo o epicentro como sempre a muito se instalou ali na Cidade alta em Luanda.

Na verdade, para qualquer observador menos atento, hoje pode concluir facilmente que a luta contra a corrupção do presidente JLO, não passa  de ajustes de contas pessoais, uma vez que enquanto se persegue uns, se protegem outros, incluindo o chefe do seu próprio gabinete Sr. Edeltrudes Costa, que está sendo verdadeiramente acusado cá fora, de haver transferido recentemente mais de 20 milhões de dólares Norte Americanos, para o estrangeiro, para não falarmos na proteção dada a Manuel Vicente entre outros, que continuam a fazer parte do banquete continuo, sobre os dinheiros da nossa terra, por parte do actual regime em Angola.

Se tivermos em conta os factos recentemente expostos pela reportagem do site Maka Angola, sobre as falcatruas da empresa Omatapalo que tem beneficiado sem concurso público, várias obras milionárias em Angola, em detrimento das empresas que não tem cunha na Cidade Alta, uma vez que no passado recente JLO, havia sido exposto  como sendo sócio da Omatapalo, por via de outros nomes etc., logo, facilmente se descobrira que o epicentro da corrupção em Angola, continua instalado no Palácio presidencial da Cidade Alta em Luanda.

Posto isto, apenas isto, uma vez que existem um mar de outros exemplos que poderíamos trazer aqui, afinal qual é a diferença entre JES em relação a JLO?

Porque razão, JLO persegue Santos, quando o banquete soma e segue na Cidade Alta, tal como ou pior do que no tempo do ancião asilado actual/voluntariamente em Espanha?

Porém, apesar do mundo e do continente negro, não produzirem Mandelas, todos os anos, os nossos líderes incluindo JLO, deveriam aprender com a sabedoria Sul Africana, sobre a reconciliação, entre Irmãos da mesma Pátria Mãe, e ou do mesmo partido etc.

Nelson Mandela, a muito descansa a sua alma em paz. Porém, O Rev.Desmont Tutu, ainda está vivo ali na Cidade do Cabo. Logo com alguma vontade política em Angola, já não haveria os adjetivados de marimbondos e os (santos), ou não marimbondos.

Porque, só e só com uma verdadeira reconciliação genuína entre nós Angolanos, cidadãos como tais e ou do mesmo partido, é que a nossa terra, terá pernas para andar.

Doutro modo se hoje, JLO, está a crucificar Santos/seus filhos e ou os seus opositores em Angola, tal como a  recente negação da legalização do projecto PRA-JA, do patriota Abel Epalanca Chivukuvu, amanhã serão os filhos de JES, seus seguidores etc., que virão a julgar JLO, ou os seus filhos e assim sucessivamente.

Se eu não tiver razão, então que JLO ou os compatriotas perguntem a Santos, ou os seus filhos e mesmo os seus seguidores dentro do MPLA, e aqueles que hoje fingem estar com JLO, etc., se Angola está hoje melhor com estas políticas vingativas  deste presidente, se  não, houver a necessária reconciliação entre todos os filhos/filhas de Angola?

 O combate a corrupção é urgente? Sim.

Mas, devia ser equilibrado incluindo todos os actores políticos, sociedade civil Angolanos, sem descuidar a reconciliação entre os filhos da terra, quando no MPLA, como o verdadeiro epicentro desta corrupção não existe inocentes incluindo o próprio presidente JLO, que agora parece continuar a patrocinar este banquete ali na Cidade Alta.

Pessoalmente, sempre fui acérrimo crítico do antigo presidente Santos, porem nunca combati JES, como pessoa física, se não as suas más políticas. A maneira ditatorial, como Santos dirigia o nosso pais, foi a razão pela qual, dirigi cartas para Casa Branca, aqui  nos EUA, na administração Obama, reclamando sobre o calvário Angolano, entre várias pressões levadas a cabo por  muitos patriotas incluindo os 15+2,etc etc., que levaram JES, a capitulação, em Angola.

Logo, Santos em lugar de sair do poder humilhado, o ancião foi "prudente “tendo deixado JLO no poder em Luanda, através das habituais fraudes eleitorais em Angola como a que vimos ultimamente em 2017.

Porém, nasci e cresci, sobre os valores do cristianismo, mas como humano, naturalmente cometo erros, sobre os quais costumo ter o habito de pedir perdão aos outros. Logo, sempre acreditei que o ser humano, só pode viver em sã consciência e ou com o espirito alegre, se souber perdoar e ou aceitar o perdão dos outros. Por isso, é chegada a hora de JLO, promover em Angola, o quanto antes, um processo genuíno de reconciliação nacional, entre todos os filhos da terra, incluindo no seu próprio partido.

Gostaria de acreditar que Angola, pode fazer diferente dos outros países Africanos que ostracizam eternamente seus líderes, após líderes, alguns dos quais mortos criminosamente, como foi o caso do finado Nino Vieira, da Guiné Bissau ,ou alguns como é o caso presente de JES, que simplesmente foi forçado a  escolher asilo voluntário, etc. etc.

Que o presidente JLO se lembre duma vez por todas de que ele, também não está imune sobre o dito acima, por isso, a criação de instituições fortes em Angola, que passam necessariamente na alteração da actual constituição atípica  deixada pelo presidente Santos, que contempla poderes imperiais ao actual presidente, essa alteração necessita-se urgentemente e que ela seja feita de maneira consensual e não apenas pelo MPLA.

Voltando a faca fria, as vinganças, e mais vinganças, que estão na base da presente prisão de Augusto Tomas, o julgamento de Zenu dos Santos/ Walter Filipe etc., quando se protegem os outros incluindo aqueles que hoje fazem parte deste continuado banquete na Cidade Alta, no final do dia, tudo sobraria para o próprio JLO, se em Angola, não formos capazes de promover vontade política necessária, com vista a uma genuína reconciliação entre Angolanos, a todos os níveis.

De resto se eu não tiver razão, foi aqui mesmo que profetizei aos compatriotas sobre os desfechos de vários outros temas que nos tem preocupado em Angola ou em África e mundo, incluindo sobre as quedas dos presidentes Santos, do Hosny Mubarak e ou do finado Muammar al-Gaddafi, no final do dia a minha linha, parece não haver falhado de seguir a agulha.

Que Deus abençoe Angola e todos os Angolanos.

Por Orlando Fonseca / Analista político Angolano

Miami/Sul da Flórida - USA

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