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Quarta, 22 Julho 2020 22:11

Atuar na Presidência da República não era para qualquer um

A relação cordial histérica entre alguns músicos e a ditadura de Betão de JES/MPLA: Que João Lourenço é farinha de um mesmo saco é a mais pura , nua e crua realidade ,não temos mesmo como dizer que não é , não apenas pela semelhança do seu comportamento que muitos dizem ser mesmo até pior que José Eduardo Dos Santos em alguns aspetos.

Agora uma coisa temos que reparar e não podemos deixar de reconhecer ou fechar os nossos olhos, por mais que não se tenha simpatia pela pessoa João Lourenço em particular. E no geral pela sua forma de governar Angola tipo um pai que dá para alguns filhos se alimentarem costeletas e aos outros dá barro vermelho do bungo para comerem.

É o não haver como havia no tempo do outro senhor aquela postura lambedora, bajuladora e até mesmo já criminosa por parte de músicos, que quase ofereciam os seus traseiros ao JES, a sorte é ele não ser paneleiro senão os teria papado livremente e com boas intenções um por um.

Hoje além de não se verificar aquela condecoração de músicos com funções dupla e dúbia, informantes infiltrados no meio artísticos como havia no tempo de gestão de Betão de JES.

Também não se ouve músicas vangloriando e glorificando essa forma um tanto suspeita, não convincente de gestão do país por João Lourenço e seu MPLA cada vez mais mal falado e visto nacional e internacionalmente.

E outro aspeto que não deixa de ser importante e que importa realçar aqui, é o não haver também e ainda bem, aquela perseguição mortífera aos músicos críticos do sistema e forma de gestão do país como era antigamente.

Aquilo que se ouve hoje justamente em forma de ritmo de protesto musical, se fosse no tempo de JES, parte destes miúdos que cantam o estado da nação já estariam transformados em próximos cadáveres.

E seus familiares também já seriam selecionados para irem sendo envenenados aos poucos uma prática que era constante da secreta no tempo da ditadura de Betão de JES, que não brincava em serviço.

Pois segundo fontes dentro do assunto no tempo de JES, havia até mesmo, uma tabela estabelecida de prémios geralmente monetários para cada eliminação de um contra o sistema ou de um membro da sua família.

Os músicos que colaboraram com o sistema do tempo da outra senhora os tais que pisaram o solo político, considerados os elos de ligação, ou seja, a ponte por onde atravessavam os homens da secreta. Os Kaenches, os Kangambas, os movimentos espontâneos, os Bento Bentos, os infiltrados na TPA, rádio nacional, jornal de Angola e toda aquela bufaria.

Ainda bem que nós e eles soubemos quem são e alguns detalhes em como eles colaboraram direta ou indiretamente com o sistema autoritário, repressivo e mortífero de JES quem sabe qualquer dia vão ser lançados na praça pública?

Haja saúde manos ....

Continuarei

Por Fernando Vumby

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