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Quinta, 19 Setembro 2019 13:33

Angola enfrenta recessão de 0,4% este ano e dívida sobe para 87% - FocusEconomics

A consultora FocusEconomics antevê uma nova recessão este ano em Angola, de 0,4% do PIB, arrastada pelo petróleo, projetando depois um crescimento económico de 1,3% devido ao apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Este ano, a economia deverá contrair-se pelo quarto ano consecutivo; a produção petrolífera deverá continuar a cair e um contexto externo adverso vai pesar nos preços globais do crude, ambos prejudicando esta indústria fundamental para Angola", escrevem os analistas no relatório deste mês sobre as economias da África subsaariana.

A economia angolana "parece cada vez mais incapaz de recuperar este ano de uma prolongada recessão, apesar das reformas estruturais em curso e do apoio financeiro do FMI, que aparenta estar já a dar frutos".

No entanto, acrescentam, "a crónica dependência do petróleo significa que a queda da produção interna e a incerteza nos preços mundiais têm um impacto adverso nas contas externas e no orçamento interno".

A produção petrolífera em Angola aumentou para 1,43 milhões de barris por dia em agosto face aos 1,39 de julho, o que marcou um novo mínimo dos últimos 13 anos, nota a FocusEconomics, salientando que a perspetiva de evolução dos preços do petróleo "continua incerta".

"A contínua guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e o abrandamento da economia mundial continuam a ser grandes obstáculos, enquanto que os preços podem receber apoio das tensões geopolíticas no Médio Oriente, sustentando os cortes na produção da OPEP e um crescimento abaixo do esperado no mercado de xisto norte-americano", concluem os analistas.

A produção de petróleo prevista em Angola é de 1,48 milhões de barris por dia este ano e no próximo, segundo os analistas da FocusEconomics, que salientam que a dívida pública.

Nas previsões para a evolução da dívida pública, os analistas estimam que o rácio face ao PIB aumente de 83,9% em 2018 para 86,9% este ano, descendo depois para 84,6% em 2020 e mantendo a trajetória de descida até 2023, ano em que a dívida valerá 82% do PIB.

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