Victor Fernandes, que falava hoje aos jornalistas no âmbito das visitas que efetuou a infraestruturas logísticas e estabelecimentos comerciais de Luanda, manifestou-se "satisfeito" pela capacidade logística associada à distribuição alimentar.
"Encontramos alguma produção nacional já a ser distribuída nos vários espaços e está a correr bem, estamos no caminho certo, mas ainda falta muito daquilo que é o nosso objetivo", disse, após visitar cinco superfícies comerciais de Luanda.
Para o governante, que defende a necessidade de Angola "vencer a batalha" da alteração do seu sortido alimentar, "que tem de ser maioritariamente produção nacional", apesar de várias ações, a produção nacional "ainda não é suficiente para as necessidades alimentares".
Mas, garantiu, "toda a produção que existe tem aqui um espaço para ser canalizada e os operadores estão orientados para que toda a produção que existe e que venha a existir tenha aqui nos operadores logísticos da distribuição um espaço para ser escoada".
Questionado pela Lusa sobre a cadeia logística do país e nível de 'stock' de produtos, sobretudo da cesta básica para os próximos meses, o ministro angolano afirmou que o país "tem uma das melhores cadeias logísticas" e que não há rotura de 'stocks'.
"É óbvio que poderá haver aqui ou ali uma necessidade na melhoria do abastecimento, mas não temos rotura de 'stock', temos alguma produção nacional, temos os operadores logísticos concentrados na garantia da distribuição e isso anima-nos", frisou o governante.
Em relação à persistente especulação de preços dos produtos, essencialmente da cesta básica, Victor Fernandes referiu que "em todos os mercados há vontades oportunísticas", mas observou, "não há neste momento nenhuma justificação para a especulação".
"Estamos, aliás, com os mecanismos inspetivos a combater isso mesmo e não temos nenhuma justificação para especulação de preços. Agora, os mercados como zonas de concorrência livre e aberta terão sempre pessoas sérias e pouco sérias", notou.
A vista do governante centrou-se nas grandes superfícies comerciais e infraestruturas logísticas do pólo industrial do município angolano de Viana, em Luanda, e algumas do centro da cidade, onde aplaudiu a "capacidade de resiliência" dos operadores.
O ministro da Indústria e Comércio angolano visitou as bases logísticas da importadora e distribuidora de alimentos congelados Newaco Grupo, da rede de supermercados Shoprite, Casa dos Frescos, da rede de supermercados Maxi e Pomobel.