A agência de classificação de risco Moody´s colocou Angola em regime de vigilância. Objectivo: no quadro da avaliação anual em curso, aprofundar as tendências de evolução da actual notação de risco soberano que o país possui de Ba2.
O Ministério das Finanças de Angola comunicou que a agência de notação considerou como factor decisivo para a colocação do país em processo de vigilância, a alta dependência de hidrocarbonetos para a subida da economia e a dependência das despesas governamentais às receitas provenientes da exploração de hidrocarbonetos.
O petróleo e gás representam 97% das exportações, com um peso no PIB de 45% e proporcionam cerca de 67% das receitas governamentais consolidadas.
O comunicado do governo angolano indica que as mais recentes projecções da Moody´s sobre a evolução do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais apontam para um preço médio do barril de 33,00 dólares para 2016, 38,00 para 2017, subindo gradualmente para os 48,00 dólares em 2019.
O Jornal de Angola sinaliza que a Moody’s teve em consideração na análise o facto de o Executivo angolano continuar a desenvolver esforços, através de um conjunto de medidas para mitigar o impacto negativo de choques externos, alargar a base tributária e medidas para a diversificar a economia do país. Segundo o comunicado, o Executivo mantém-se empenhado em consolidar os fundamentos da economia nacional, de forma a garantir a sustentabilidade fiscal e a estabilidade económica e social, e continua a desenvolver reformas importantes para garantir a melhoria da qualidade da despesa pública.
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