Sexta, 19 de Julho de 2024
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Sexta, 19 Julho 2024 15:42

Angola terá grande hospital para tratamento de vários tipos de cancro em 2025 - João Lourenço

Um grande hospital oncológico entrará em funcionamento no próximo ano, para tratar exclusivamente de vários tipos de cancro em crianças e adultos, anunciou esta sexta-feira, em Luanda, o Presidente da República, João Lourenço.

Em declarações à imprensa, depois de ter inaugurado o Hospital Geral de Cacuaco Heróis de Kifangondo, o Chefe de Estado adiantou, sem entrar em detalhes, que a unidade hospitalar, localizada na capital do país, em Luanda, entrará em funções no final do próximo ano.

Reconheceu que Angola ainda não tem capacidade para atender grande parte dos enfermos com cancro, daí ser uma das excepções abertas na junta médica para tratamento no exterior do país.

João Lourenço explicou que o Executivo está a prestar atenção aos doentes com essa enfermidade, começando com investimentos em pequenas alas oncológicas nos hospitais terciários.

Por outro lado, lembrou que o maior foco estava destinado, sobretudo, na construção de infra-estruturas com capacidades para atender a dois tipos de patologias, nomeadamente, as do fórum cardíaco e renal.

No entanto, ressalvou que o trabalho não está concluído, apesar da edificação de muitos hospitais de vários níveis, as necessidades que o país tem e o crescente aumento populacional, faz com que se continue a construir unidades hospitalares em outras localidades.

Anunciou que nas próximas semanas será inaugurado na cidade de Ondjiva, província do Cunene, uma grande unidade hospitalar, em substituição do que havia sido distruído por um incêndio de grandes proporções.

Indústria Farmacêutica

Por outro lado, João Lourenço garantiu que o Executivo está apostado em trazer a indústria farmacêutica ao país para reduzir a importação de medicamentos e diminuir o custo dos mesmos.

Confirmou que o investimento será totalmente privado e caberá ao Estado dar as facilidades possíveis para viabilizar este tipo de negócio.

Crescimento do Sistema Nacional de Saúde

Desde 2017, o governo investiu na construção, expansão e reabilitação de mais de 163 novas unidades de saúde, das quais 155 são para cuidados primários.

Deste modo, a capacidade de camas aumentou de um mínimo de 13.426 para 37.808 no período de 2017 a 2022.

O acesso aos cuidados primários de saúde triplicou, tendo passado de 25% para 70%.

O Serviço Nacional de Saúde conta hoje com 13 Hospitais Centrais e de Especialidade, seis Institutos, 23 Hospitais Gerais e Provinciais, 172 Hospitais Municipais, 800 Centros de Saúde e 2.311 postos de Saúde, perfazendo 3.325 unidades.

Em 2017, apenas três províncias dispunham de serviços especializados de hemodiálise, enquanto em 2022 esse número passou para dez províncias, com uma capacidade de atendimento de mais de três mil utentes por semana.

Foram construídos de raiz oito hospitais de referência nacional.

Por isso, a carteira de projectos a nível central prevê 31 projectos de investimento público, com destaque para 14 hospitais gerais, três hospitais materno-infantis de nível terciário, 10 unidades de tratamentos especializados, com realce para os futuros Hospital dos Queimados, Hospital de Oncologia, Hospital de Traumatologia e Hospital de Oftalmologia.

Foi já reinaugurado o Hospital Especializado Neves Bendinha, o Hospital Geral de Caxito, de Viana, o Hospital Militar Principal e há perspectiva de se inaugurar os hospitais gerais do Sumbe, Ondjiva, de Ndalatando, o Hospital Geral Pedalé (em Luanda) e o Hospital Municipal do Luau.

Serão ainda construídos os Hospitais Gerais da Catumbela, do Bailundo, do Dundo, de Malanje, e concluído o Hospital Geral de Mbanza Kongo.

Ao nível local no âmbito do PIIM, estão em construção 163 unidades sanitárias que vão aumentar a cobertura nos níveis de proximidade.

Só na última legislatura, ingressaram para o serviço público de saúde 41.093 novos profissionais, de entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, técnicos de apoio hospitalar e técnicos do regime geral.

Praticamente todos os médicos formados no país e no exterior foram enquadrados e cerca de 80% dos funcionários foram colocados nos municípios e promovidos 53.461 funcionários do sector da saúde.

Até 2027, prevê-se admitir cerca de 10.800 médicos e 78.500 enfermeiros para integrarem as unidades sanitárias em construção e a construir.

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Last modified on Sexta, 19 Julho 2024 16:01