Quarta, 24 de Julho de 2024
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Domingo, 21 Julho 2024 20:43

Kamala Harris promete "merecer e ganhar" nomeação democrata contra Trump

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, afirmou hoje pretender "merecer e ganhar" a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais e derrotar o republicano Donald Trump, após ter recebido o apoio do desistente Joe Biden.

"É uma honra receber a recomendação do Presidente e a minha intenção é merecer e ganhar esta nomeação", disse Harris, numa declaração em que qualifica a decisão de Joe Biden abandonar a corrida de um "ato abnegado e patriótico".

Obama saúda "amor pelo país" na decisão de Biden e deixa em aberto apoio a Kamala

O ex-Presidente norte-americano Barack Obama defendeu hoje que Joe Biden mostrou "amor pelo país" ao abandonar a corrida presidencial, num elogio público sem expressar apoio para que a atual vice-Presidente, Kamala Harris, seja candidata pelo Partido Democrata.

"Joe Biden tem sido um dos presidentes mais consequentes dos Estados Unidos, bem como um querido amigo e parceiro para mim. Hoje, também nos recordamos — mais uma vez — que ele é um patriota da mais alta ordem", refere Obama numa nota hoje divulgada.

"Sei que o Joe nunca desistiu de uma luta. Para ele olhar para o cenário político e decidir que deve passar o testemunho a um novo candidato é certamente das maiores adversidades da sua vida”, comentou o ex-líder norte-americano.

No entanto, Obama afirma que Biden “não tomaria essa decisão se não acreditasse que era o melhor” para o país.

Para o ex-Presidente norte-americano, a carta pública em que anuncia a sua desistência às presidenciais de 05 de novembro “é um testemunho do amor de Joe Biden pelo país — e um exemplo histórico de um verdadeiro servidor público que, mais uma vez, coloca os interesses do povo americano acima dos seus próprios interesses".

Na sua mensagem, o antigo líder da Casa Branca adverte que o Partido Democrata vai “navegar em águas desconhecidas nos próximos dias”.

Ao mesmo tempo, expressa “uma confiança extraordinária” de que os dirigentes democratas “serão capazes de criar um processo do qual emerja um candidato notável” para defrontar o republicano Donald Trump nas próximas presidenciais.

“Acredito que a visão de Joe Biden de uma América generosa, próspera e unida, que ofereça oportunidades para todos, estará plenamente exposta na Convenção Democrata, em agosto. E espero que cada um de nós esteja preparado para levar esta mensagem de esperança e progresso até novembro e mais além”, declara Obama.

Por agora, Barack Obama transmite, em nome também da sua mulher, Michelle, “amor e gratidão” ao casal Biden pela sua liderança “com tanta habilidade e coragem durante estes tempos perigosos”, bem como pelo seu “compromisso com os ideais de liberdade e igualdade” em que os Estados Unidos foram fundados.

Líderes internacionais elogiam Biden, Kremlin vai "estar atento"

Líderes internacionais têm repetido agradecimentos e elogios a Joe Biden, depois deste ter anunciado o abandono da corrida às eleições presidenciais norte-americanas, tendo a Rússia preferido indicar que segue com atenção os acontecimentos.

O Kremlin (presidência russa) reagiu ao anúncio referindo faltarem quatro meses para as eleições, o que é “um longo período durante o qual muita coisa pode mudar”.

“Precisamos de estar atentos, de seguir o que vai acontecer”, indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao Life.ru.

O presidente israelita, Isaac Herzog, agradeceu a Joe Biden por ser um “verdadeiro aliado do povo judeu”, recordando nomeadamente que foi o primeiro Presidente dos EUA a visitar Israel em tempo de guerra.

“Ele é um símbolo do vínculo inquebrável entre os nossos dois povos”, declarou.

Recorrendo à rede social X (antigo Twitter), o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, elogiou a “decisão corajosa e digna do Presidente dos Estados Unidos”, sublinhando o “grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade”.

“O meu amigo Joe Biden fez muito: pelo seu país, pela Europa, pelo mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a NATO é forte e os Estados Unidos são um parceiro bom e fiável para nós. A sua decisão de não se recandidatar merece ser reconhecida”, escreveu, por seu lado, o chanceler alemão, Olaf Scholz na rede social X.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou respeitar a decisão e que espera trabalhar em conjunto durante o resto do mandato, referindo que Biden “terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser o melhor para o povo norte-americano”.

Da Irlanda, o primeiro-ministro, Simon Harris, divulgou o seu agradecimento a Biden pela sua “liderança global e amizade”, referindo que o Presidente norte-americano, “em todos os cargos que ocupou, sempre foi uma voz inabalável e um trabalhador apaixonado pela paz na ilha da Irlanda”.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, argumentou que as muitas “decisões difíceis” tomadas pelo Presidente dos EUA “tornaram a Polónia, os Estados Unidos e o mundo mais seguros e a democracia e a liberdade mais fortes”.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.

O líder dos Estados Unidos disse ter “a maior honra” da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.

Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu "apoio total” à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.

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Last modified on Domingo, 21 Julho 2024 20:57