As autoridades angolanas detiveram na sexta-feira mais líderes dos taxistas após a greve e tumultos do final de julho. Advogado denuncia à DW que eles estão presos sem provas dos crimes de que são acusados.
O Tribunal da Comarca do Lubango absolveu, esta segunda-feira, nesta cidade, o padre Abraão Tyipa, de 80 anos de idade, dos crimes de difamação, calúnia e injúria contra à Arquidiocese do Lubango, no caso do projecto Agro-pecuário Arquidiocesano do Cuvango. Na leitura da sentença, a juíza presidente da causa, Violeta Tyiteta Prata, disse não existir provas conclusivas que demonstrem que o padre por qualquer meio de comunicação ou expressão fez imputações com intenção de injuriar à Arquidiocese do Lubango.
Doze pessoas morreram e três ficaram feridas, nos municípios das Cacimbas e do Camucuio, província do Namibe, em confrontos entre as comunidades Mucubais e Nhanecas-Humbi, ocorridos sábado último. A briga, segundo a administradora das Cacimbas, Júlia Morais, que confirmou o facto à imprensa, esta segunda-feira, resultou ainda na queima de 15 localidades (quimbos).
O Ministério Público determinou a libertação do jornalista detido na quinta-feira pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), "no âmbito do processo em que estão envolvidos angolanos e dois russos".
Uma fonte do NJ junto de altos canais diplomáticos russos desmente a informação e diz que a Missão Diplomática da Rússia em Angola não recebeu qualquer "notificação oficial "das autoridades angolanas sobre o assunto e que nem lhes foi permitido estabelecer contacto com os detidos, MIREX diz que sim, mas não diz quando e como.
O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), o Instituto de Comunicação Social da África Austral, na sigla inglesa (MISA-Angola), e a Comissão de Carteira e Ética (CCE) estão preocupados com as detenções de jornalistas angolanos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), que afirma que continuará a deter profissionais da comunicação social por alegado envolvidos em actos de terrorismo e promoção de manifestações e pilhagem, num processo que as autoridades dizem ter à testa dois cidadãos russos pertencentes à organização África Politology.
O especialista angolano em relações internacionais Osvaldo Mboco disse hoje que a detenção de cidadãos russos em Angola não deverá originar um incidente diplomático entre ambos os países, se os suspeitos tiveram tratamento humanitário e forem provadas as acusações.