Um pouco mais de um mês depois da instauração de um sistema descentralizado de recolha de lixo em Luanda e seus arredores, a capital angolana vê acumular-se o lixo pelas ruas, devido a contenciosos financeiros entre as autoridades locais e as empresas subcontratadas para proceder à recolha do lixo nos respectivos municípios da cidade. A recolha de lixo na zona de Luanda pesava ainda no ano passado cerca de 30 milhões de Dólares, tendo passado este ano para cerca de 2 milhões, o que acaba por ter repercussões sobre as pequenas empresas do sector.
Esta situação -já por si complexa- tornou-se ainda mais premente quando na semana passada os trabalhadores da empresa pública de limpeza e de saneamento de Luanda (ELISAL) que centraliza a recolha de lixo entraram em greve por tempo indeterminado para exigir o pagamento dos seus salários em atraso.
Rafael Morais, coordenador da direcção da SOS Habitat, dá conta da situação vigente na zona de Luanda.
RFI