As medidas, de acordo com o Presidente João Lourenço, serão aprovadas já na próxima segunda-feira e visam permitir uma rápida reposição de estoques e manutenção dos postos de trabalho ameaçados durante os tumultos.
Dados preliminares da Associação de Empresas do Comércio e Distribuição Moderna de Angola (Ecodima) indicam que seis cadeias comerciais foram efectivamente vandalizadas, totalizando 91 unidades de venda, enquanto 24 outras registaram tentativas de vandalismo, nas cidades de Luanda e Malanje.
Numa mensagem à Nação, o Chefe de Estado disse que esse episódio só vem confirmar que a educação dos filhos, dos jovens de Angola não está nas plataformas e redes sociais, que não têm rosto nem identidade, mas na família, na escola e na comunidade comprometida com o presente e o futuro de Angola.
Por isso, prosseguiu, a sociedade deve concluir que o Estado, a família, as igrejas e as organizações da sociedade civil têm ainda muito trabalho por fazer nos domínios da educação cívica, moral e académica “dos nossos adolescentes e jovens”.
Para João Lourenço, quem quer que seja que tenha orquestrado e conduzido a esta acção criminosa, “saiu derrotado e ajudou-nos a todos, ao Executivo e à sociedade, a tomar medidas preventivas e melhores formas de reagir em caso de reincidência, com vista a minimizar os danos sobre as pessoas e o património”.
O Presidente da República condenou veementemente os actos criminosos em causa que resultaram, segundo os últimos dados preliminares, na morte de 30 pessoas e no ferimento de 277 outras, além de mais de 1.500 detenções.
Lamentou a perda de vidas humanas durante tais “actos criminosos” e expressou, no seu nome e no do Executivo angolano, profundos sentimentos de pesar às famílias enlutadas e votos de rápidas melhoras aos feridos.