Questionada sobre a fuga de funcionários do hotel Victoria Garden, onde foram identificados casos positivos de covid-19, a ministra Sílvia Lutucuta afirmou que, “por esta altura [a informação] já não condiz com a verdade” porque foi feito “um trabalho profundo” entre o Ministério da Saúde e os órgãos de defesa e segurança que permitiu ir “buscar” estes trabalhadores.
“Inicialmente, tínhamos de facto um número pequeno, mas em dois ou três dias conseguiu-se chegar aos restantes com apoio da polícia e dos seus órgãos”, continuou, sem precisar quantos funcionários fugiram.
Sílvia Lutucuta indicou que os empregados dos hotéis onde está a ser feita a quarentena institucional, que neste momento abrange mais de 700 pessoas, têm estado a ser testados, bem como o corpo de segurança e profissionais de saúde.
“É por esta via que pensamos controlar, em certa medida, a progressão da pandemia no nosso país também”, frisou.
Vão também ser testados todos os passageiros e tripulação de voos desde o dia 12 de março até ao último voo que entrou em Angola, já com fronteiras fechadas, proveniente de Cuba com um contingente médico, no dia 10 de abril, garantiu.
Sobre o condomínio Golden, em Talatona, onde foram também identificados cidadãos infetados com o novo coronavírus, Sílvia Lutucuta disse que estão prestes a ser concluídas as análises aos moradores.
“Quando tivermos os resultados, daremos a alta e tiramos a cerca [sanitária] do condomínio”, o que “está para breve”, acrescentou.
Fora de Luanda, foram também identificados dois casos suspeitos na província da Huíla, sem vínculo com viajantes, mas com “manifestações gripais frequentes em doentes com covid-19, cujas amostras estão ainda a ser processadas.
O governo angolano anunciou hoje um novo caso positivo de covid-19, elevando para 26 o número total.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
O número de mortos provocados pela covid-19 em África subiu para 1.375 nas últimas horas, com 30.329 casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Guiné Equatorial lidera em número de infeções (214) e uma morte, seguido de Cabo Verde (106 e uma morte), Moçambique (70), Guiné-Bissau (53 e uma morte), Angola (25 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem sete casos confirmados.
