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Terça, 29 Outubro 2013 20:48

MNE português nega arrependimento por ter pedido desculpas à Angola

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, disse hoje, em Lisboa, não se arrepender de ter pedido "desculpas diplomáticas" ao Estado angolano pelas investigações judiciais que atingem altas figuras do país.

À saída da “II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial”, aberta, esta manhã, em Lisboa, Machete evitou entrar em detalhes sobre as actuais relações diplomáticas com Angola, mas foi peremptório em afirmar que não se arrependia com as suas declarações dadas à Rádio Nacional de Angola, em que pediu "desculpas diplomáticas" ao Estado angolano pelas investigações judiciais que atingem altas figuras do país.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, garantiu hoje que as relações entre Portugal e Angola são normais e defendeu que há "pequenas coisas" que se resolverão "com o tempo e a vontade dos homens".

"As relações nunca deixaram de ser, habitualmente, no quotidiano, normais. Há umas pequenas coisas que o tempo ajudará a resolver e a vontade dos homens", afirmou o ministro Rui Machete, quando questionado pelos jornalistas sobre a tensão diplomática desencadeada há duas semanas com o anúncio pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, da suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal.

Questionado sobre se o Governo português já conseguiu falar com o executivo angolano, o ministro dos Negócios Estrangeiros escusou-se a responder.

"Não vou prestar declarações sobre isso", disse.

José Eduardo dos Santos anunciou a 15 de outubro a suspensão da parceria estratégica entre Luanda e Lisboa.

Na semana passada, o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, disse, em entrevista à Televisão Pública de Angola, que Luanda deixou de considerar prioritária a cooperação com Portugal, elegendo África do Sul, China e Brasil como alternativas.

Sobre a realização da primeira cimeira bilateral, inicialmente prevista para o final deste ano e adiada para fevereiro de 2014, o ministro angolano disse não ter "muita certeza" sobre a efetiva realização.

Em resposta, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, declarou que o Governo português dá prioridade à resolução de "todas as perturbações que possam existir" na relação entre Portugal e Angola, que pretende manter e aprofundar.

LUSA

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