Reunido na V reunião ordinária, o comité permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) concluiu que “o regime continua sem vontade política para a realização das eleições autárquicas, em Angola”, continuando o país a ser o único que, na região austral africana, “não institucionalizou o poder local, 47 anos depois da independência, com implicações gravíssimas sobre o desenvolvimento local e combate às assimetrias”.
Na reunião, os participantes analisaram igualmente a situação económico-social do país, tendo expressado a sua preocupação “perante a degradação das condições sociais e económicas das populações angolanas, com o custo de vida insuportável para a maioria das famílias”.
“O comité permanente da Comissão Política considerou que as medidas económicas adotadas pelo atual regime, além de paliativas e efémeras, não são consistentes por assentarem em fatores insustentáveis como a importação”, refere o comunicado.
Para o segundo maior partido político de Angola, “só uma aposta séria e um investimento decisivo na agricultura e pecuária podem garantir a produção de alimentos para o sustento das famílias angolanas”.
No que se refere à vida interna do partido, o comité permanente da Comissão Política felicitou o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, “pela forma sábia, corajosa e clarividente como tem conduzido o partido perante as adversidades impostas pelo regime”.
“Especialmente, enaltece a sua visão estratégica que culminou com a criação da Frente Patriótica Unida, como plataforma certa para a concretização da alternância em Angola”, realça o documento.
O relatório das atividades do secretariado executivo do comité permanente da Comissão Política, desenvolvidas no último trimestre e o programa para os próximos três meses deste ano foi aprovado por unanimidade.
Sobre a situação internacional, o comité permanente da Comissão Política da UNITA exprimiu a sua solidariedade para com as vítimas do terramoto da Turquia e Síria e das calamidades de Moçambique e do Brasil.
A guerra entre a Ucrânia e a Rússia foi igualmente abordada no encontro, tendo a esse respeito o Comité Permanente da Comissão Política apelado à Organização das Nações Unidas para promover um plano de paz, que ponha termo a este conflito que causa milhares de mortos e milhões de deslocados e refugiados.