De acordo com o candidato a deputado pela UNITA/FPU, em função do caderno eleitoral, a localidade de Quilemba Velha tem uma Assembleiade Voto n’ 10586 com uma mesa, mas na acta-síntese aparecem duas mesas onde na primeira o MPLA através do seu representante que, é presidente da assembleia, atribuiu-se 207 votos e deu à UNITA 5 e na segunda mesa o MPLA atribuiu-se 279 e deu à UNITA 13.
Baseando-se ainda no caderno eleitoral, adianta que a escola do Munhengo, comuna do Kapangombe, município da Bibala tem apenas uma Assembleia de Voto n’ 10498 com uma mesa, mas na acta-síntese aparecem também duas mesas, onde na primeira o MPLA através do presidente da assembleia, atribuiu-se 154 votos, UNITA 20 votos e na segunda atribuiu-se 293 votos e a UNITA 13.
O MPLA no Namibe, segundo o político, tendo noção que iria perder em Moçâmedes e no Tômbwa (quem ganha nestes dois municípios tem acima de 60% dos resultados eleitorais da província do Namibe), multiplicou as mesas das Assembleias de votos dos municípios do interior, concretamente Bibala, Virei e Camucuio para contornar a victória da UNITA naquela província.
“Estamos a verificar acta por acta para apresentarmos com provas a fraude eleitoral cometida pela CNE a mando do MPLA. Portanto desta vez o MPLA não se safa. Apelamos a calma e serenidade a todos namibenses que votaram massivamente na UNITA”, frisou.
Lembrar que, o maior partido da oposição em Angola, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), anunciou nesta sexta-feira, 26 de Agosto, em conferencia de imprensa que não reconhece os resultados das eleições realizadas na última quarta-feira, cujos resultados provisórios dão vitória ao MPLA.
De acordo com o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que falou no início da noite para o País e o mundo, segundo constatou Angola24Horas, os resultados da contagem paralela ditam até agora, uma derrota do MPLA, desafiando assim a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a aceitar uma comparação das actas sínteses em sua posse e na posse dos partidos políticos, com a presença de uma comissão internacional.
Assim e, face aos resultados que lhe são favoráveis, a UNITA/FPU não reconhece os resultados divulgados pela CNE, nesta quinta-feira.
"Não existe a menor dúvida em afirmar, com toda a segurança, que o MPLA não ganhou as eleições do dia 24 de agosto. A UNITA não reconhece os resultados provisórios divulgados pelo CNE", disse Adalberto Costa Júnior.
Também, referiu que a UNITA criou um escrutínio paralelo "para proteger o voto do povo do assalto daqueles que ainda não entenderam o conceito de democracia", e que os dados do partido são significativamente diferentes dos da Comissão Nacional Eleitoral.
O candidato a presidente da República, sublinhou que as discrepâncias dos mandatos atribuídos à UNITA pela CNE são brutais, tendo dado um número considerável de exemplos das alegadas diferenças do número de votos atribuídos à UNITA, incluindo na região de Luanda em que este partido obteve o melhor resultado, conforme dados divulgados.
Fez então saber que as actas-síntese na posse da UNITA revelam que o partido obteve 1.417.447 votos na região da capital, o que corresponde a 70% dos votos, contrariando os da CNE, que mostram que o partido obteve apenas 1.230.217 votos, cerca de 137 mil votos a menos, o que corresponde a 62% do total dos votos no círculo eleitoral de Luanda.
