O alter ego representa o “eu”. É possível ser bom, mau, indolente, perverso e calculista. Tudo em espasmos mínimos de tempo. A rotatividade encontra impulso no contínuo das circunstâncias. Fatos felizes vão trazer felicidade. Fatos tristes causarão desfecho oposto. E no meio do “ziriguidum”, uma incapacidade humana bastante tangente: aceitar as particularidades do próximo.
Não é de responder a editoriais do Jornal de Angola (JA) com a baixeza daquele que a 7 me foi dedicado. A mim e a outros luso-angolanos – uma “fauna” que o editorialista, do alto do seu maniqueísmo, logo se encarrega de separar entre bons e maus. Os maus (os figurões..) são-no pela comezinha razão de terem ideias próprias sobre a sua pátria e não fingirem que não têm. A limpeza com que o homem decretaria que não temos raízes em Angola, mas numa remota e inóspita “no man’s land”, se isso estivesse ao seu alcance!
Fica ridículo e até deprimente assistir ingloriamente pessoas inteligentes tentar espremer uma laranja seca, e esperar dela o precioso suco! Isso não é viável, como também não se pode exigir nem esperar que uma mulher estéril tenha filhos pela via normal, sem que haja uma intervenção divina.
O que não é, e além disto sou incapaz de tratar com dignidade um ditador tenha ele o nome que tiver, pois o conceito que tenho de dignidade da pessoa humana não se atribui a um corrupto e cruel do tamanho de JES, pelo menos é assim que eu penso...
Na passagem de 2015 para 2016, um verdadeiro ‘ciclone’ virou completamente do avesso a vida da maioria dos angolanos, depois de o Governo ter decretado o maior aumento de preços dos combustíveis na história do país. Com os combustíveis, veio atrelada a subida do preço da água, da luz e do gás de cozinha. E, ainda, uma nova desvalorização oficial do kwanza, que num ano reduziu em 60% a capacidade de importação de Angola.
A economia Angolana está a ser fortemente afectada, devido a redução em quase 60% do preço do barril do petróleo no mercado Internacional, razão esta que levou o Executivo Angolano a rever o Orçamento Geral do Estado (OGE) referente ao exercício económico de 2015, reduzindo em mais de 30% as receitas e despesas previstas no referido documento. As estimativas do crescimento situaram –se aquém do previsto, 3%.
Basta reparar que hoje quando criticados energicamente ou encostados a parede buscam imediatamente ou no próximo discurso a palavra de ordem (Queremos a Paz) não só por falta de argumentos sérios e convincentes para se defenderem assim como forma de manipularem algumas mentes.
Há em Portugal uma categoria de gente que se apresenta como angolana. São pessoas que nasceram em Angola, mas esconderam a sua origem. Nunca fizeram nada de positivo por Angola, mas rapidamente se põem em bicos de pés.