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Quarta, 11 Fevereiro 2015 06:52

O debate da Tv Zimbo sobre a proposta de lei do registo eleitoral - Celso Malavoloneke

Quando pensávamos que o bom do Francisco Mendes Mendes tinha atingido o pico da perfeição e oportunidade de serviço público com o debate da semana passada sobre a Constituição, eis que nos surpreende pela positiva com o desta semana que foi ainda «mais curioso». Com uma particularidade interessantíssima: os representantes do MPLA e do Executivo foram batidos em toda a linha. Com um discurso claro, coerente e realista, Raúl Danda, Lindo Bernardo Tito e Benedito Daniel mostraram porquê a Oposição acha que a referida proposta está eivada de inconstitucionalidades.

Os participantes, todos, estavam muito bem preparados, o que deu ao debate um nível altíssimo. Raúl Danda foi, em minha opinião o melhor de todos. Assertico, comunicativo - mostrou que é jornalista - e até com uma pinta de bom humor, lá ia de vez em quando aconselhando calma ao Director Lemos do MAT, o pior de todos em minha opinião.

Lindo Tito lembrou o vibrante e dinâmico chefe da Bancada Parlamentar do PRS que nos anos 90 esgrimia os seus argumentos como poucos. Mostrou que é mesmo Professor de Direito. Conseguiu, logo na primeira intervenção "desmontar" o Deputado do MPLA Tomás da Silva que vinha bastante bem preparado com as «seis teses» que deviam ser discutidas. Lindo Tito disse à partida que o que estava em causa era «o modelo de eleição». E convenceu!

Já Benedito Daniel sobre ser o pedagogo que é. Talvez por não ser jurista, soube trazer à luz incongruências da proposta de lei que acabaram emudecendo o Deputado Tomás da Silva e levaram o Director Lemos à beira de um ataque de nervos. Lá teve que vir Raul Danda em seu socorro, aconselhando-o ironicamente a «ter calma».

O Deputado Tomás da Silva passou a imagem de ter tentado confundir as pessoas com falsos tecnicismos que foram, como disse, «competentemente desmontados» tanto por Tito como por Danda. No final, acabou calado perante o show do «trio da Oposição».

O Director Lemos, do MAT, foi um autêntico desastre. Desencontrado, nervoso, chegou mesmo a ser deselegante com os Deputados, que são eleitos pelo povo e ele não (e até me pareceu que era o mais novo do painel, pelo que devia mais respeito aos demais). Pareceu-me um bom técnico, mas um péssimo comunicador. Cometeu gaffes de palmatória que Lindo Tito aproveitou da melhor maneira. Tal como Mihaella Webba no debate passado, o Director Lemos prestou, em minha opinião, um péssimo serviço ao executivo e ao MPLA que foi representar.

E assim foi mais este suculento debate. Se o Francisco Mendes não ganhar nenhum dos grandes prémios de Jornalismo este ano «através» destes debates, mordo o nariz.

JURO!

Como sempre: é minha opinião. E só vale isso mesmo!

Por Celso Malavoloneke

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