Quinta, 20 de Março de 2025
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Sábado, 25 Janeiro 2025 21:55

A mudança depende dos angolanos expropriados

O presidente João Lourenço, do MPLA, é reconhecidamente como a parte impeditiva que inviabiliza a democratização do país, além de impedir igualmente a pacificação dos espíritos e o bem-estar entre os angolanos.

Ele não é parte da solução definitiva do problema angolano. Os angolanos precisam de conforto e paz de espíritos, porém, João Lourenço, não oferece condições para trazer o sossego e paz de espírito aos angolanos.

Existe também sectores minúsculos da oposição que aparelhados a interesses defendidos pelo poder instalado, que em privado apoiam secretamente os desmandos do partido no poder, e em troca recebem secretamente benfeitorias financeiras e judiciários.

A pacificação dos espíritos não passa pelo Kremlin

A mudança de paradigmas está ao alcance das nossas mãos, apensar de existir um sector pequeníssimo da oposição, que se humilha perante o regime endinheirado para juntos tentarem melar a mudança do poder político,

A verdade é única, a mudança vai mesmo ter que acontecer. Se radicalizarmos o nosso modus operandi, diversificarmos à nossa maneira de agir com humildade sincera, a tão desejada mudança de paradigmas será realidade em 2027.

rumo que produza efeitos

Esses atores, são reconhecidos como abutres desmedidamente esfomeados e ambiciosos, todos eles, são bem conhecidos do povo, que certamente em momento oportuno serão desnudados com estrema eficiência.

É claro que, em nenhum partido ou organização política do nosso mundo contemporâneo o pensamento e a razão prevalecem com unanimidade natural, aliás, pessoalmente entendo que, todo e qualquer tipo de unanimidade pensante é burra.

Porém, e apesar de destintos na forma de pensar, existe, no entanto, linhas, que apesar de tênues, definem os limites ritualísticos na forma de agir solidariamente entre as partes. Não se trata aqui de eufemismos nem mesmo de fidelidades infinitas.

É bom lembrar que a mentira política doseada não deixa de ser mentira, quero lembrar, se passados quase três anos de um momento sublime, aceitamos conviver politicamente juntos numa frente combativa unida, que razões existem agora de se continuar juntos com a medida idêntica que nos uniu no passado recente! Afinal a FPU serviu apenas para salvar uma parte da frente, que se estava a afogar?

E agora que se encontra livre do afogamento, os acordos têm que ser diferentes porque o pintinho de ontem se transformou em meio galinho, que se apresenta arrazoado em defesa de não sei o quê!

Em abono da verdade, o único sector político da FPU, sacrificado de verdade desde o nascimento da FPU, foi sem sombras de dúvidas o Bloco Democrático, e em especial o seu honorabilíssimo presidente.

Que além de ter ficado de fora da lista de deputados, mantem-se firme e absolutamente empenhado em defesa do compromisso de cumprir o acordado nessa legislatura.

Noves fora a minha indelével parcialidade, porém, sou de opinião que, a presença da Bloco democrático na FPU, emprestou uma lufada agradável de ar puro regado a credibilidade a legenda.

Afirmo igualmente sem medo de errar, que a UNITA e principalmente o seu presidente Adalberto Costa Júnior, toram falhos por praticarem o exercício invulgar de altruísmo político, a uma das partes, a quem estenderam o braço salvador de um real afogamento político.

Não me refiro a um prosaico erro de retorica do politicamente correto, pois, a história nos ensina, que é importante conhecer bem, a quem se empresta solidariedade em momentos difíceis, porque existe sempre a possibilidade de a egocentricidade estar embutida no interior desses atores, que em troca pagam a ajuda mostrando a sua ambições desmedidas, não se importando minimamente em assassinar politicamente os autores da sua salvação. Pois, de boas ações está o mundo cheio.

 

Outra situação não menos critica, é saber que uma vez mais o Bloco Democrático será eventualmente chamado a mais um sacrifício, se quisermos de facto retirar o país das garras da família Lourenço, para depois democratizá-lo.

Mas essa linha de pensamento são outros quinhentos, que talvez necessite de uma outra abordagem a ser em breve debatido e apresentado aos eleitores super ávidos de levar o MPLA para a oposição.

Apenas um senão, quem ganhar de verdade as próximas eleições, certamente não ganhará o país todo como acontece nesses húmidos 50 anos de poder aterrorizante, por outro lado, quem as perder, não perderá tudo.

Não há conflitualidade divisionista séria na oposição, o povo sabe distinguir quem é o confucionista e quem de verdade é querido pela população e com ela está. Presenciei ontem dia 24 de janeiro de 2025, como o povo abraça a UNITA e o seu presidente nos lugares mais recônditos  da nossa atípica sociedade consumista.

Ao longo dos sucessivos governos do MPLA, se somados, perfazem quase meio longevo século de poder autocrático, nesse ínterim, os angolanos nunca foram tidos nem achados, nem mesmo foram alguma vez chamados a opinar em áreas de governação de seu interesse.

A democracia nunca foi apanágio do MPLA

A democratização do país não passa pelo kremlin, tão pouco depende da vontade nem do posicionamento político de João Lourenço.

Existem questões que não podem sair do foco da discussão político-social, como por exemplo: sobre a divisão administrativa do território, construída a socapa pelo partido estado, para evitar que as eleições autárquicas sejam até o momento uma realidade em Angola.

Isso é caso para declarar convincentemente, que João Lourenço, e seus rapazes na cidade alta, vivem dentro de uma redoma afastados da real politique.

De facto a classe política afecta ao poder, julgam-se deuses, mas a verdade é que essa gente passa uma mensagem de desconhecimento total das vontades expressas pelo povo, só assim se pôde entender o fosso que separa a classe dominante do nosso país e o povo que dizem governar.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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