Angola não parou no tempo, ao contrário, o país regrediu. Viajando um pouco no tempo, volvidos 47 anos, desde o primeiro 11 de novembro, a paralexia operada em todos os domínios da vida dos angolanos gravitou para pior.
A independência de Angola, não alterou o estado de pobreza do povo, o 11 de novembro não passa de um sofisma nascido enrolado a uma bandeira, da qual nada tem a ver com a natureza empírica da nossa angolanidade.
Decorridos mais de 47 anos, o país continua adormecido sobre si mesmo. A grande maioria do povo pobre continua á aguardar por eventuais proventos que possam advir do espolio alcançado nos 47 anos de regime cleptocrata.
A independência de Angola, nasceu errante, sob os desígnios de uma bandeira escarlate e preto com uma estrela amarela emborralhada de velhice,
Bandeira essa, que pariu uma outra bandeira sua filhota que herdou as mesmas cores e estrela com a mesma dimensão da bandeira mãe, acresceu-se lhe uma meia roda dentada e uma catana.
Em nome dessa bandeira e de credos estranhos defendido por gente outrora marxista afetos ao MPLA, como escriba que escreve,
O MPLA promoveu com malvadez refinada uma guerra civil violentíssima, inundou o país de sangue, dividiu e formatou a sociedade em apenas duas classes:
Uma das classes foi extraída da minoria extrema de políticos corruptos, e de desavergonhados gatunos garantidores do estado de miséria do povo. Essa classe é a dos muito ricos, donos de fortunas bilionárias.
A outra classe é proveniente da eles a grande maioria da população, foi-lhes garantida a classe dos mendigos, miseráveis paupérrimos, a classe que chafurda contentores de lixo em busca de alimentos.
A independência de Angola nasceu de um processo criado a imagem, semelhança e a medida do MPLA.
Os pais da independência de Angola, foram á então União das repúblicas Socialistas Soviéticas, que á distância através de controle remoto, comandou o parto que resultou no nascimento da república popular de Angola.
Apesar de uma mal disfarçada sofisticação de civilidade constitucional, em Angola nada se alterou, a verdade é que o país caminha acelerado para uma abismal decadência estruturada.
As perseguições e prisões arbitrarias, assim como os assassinatos seletivos, continuam a suceder um pouco por todo país. A DISA continua a funcionar a todo vapor, apenas mudaram-lhe o nome para secreta(s).
Por outro lado, as instituições do estado continuam partidarizadas, e o controle das populações continua operacionais.
O judiciário permanece crucificado, e convive paredes meias com a impunidade. Pôde-se também afirmar sem medo de errar, que o ministério público, está desastradamente cafricado desde a sua criação.
Já a comunicação social, continua controlada pelo DIP do MPLA, o sistema tenebroso do controle nomenclaturado tem dono com nome conhecido, ele se chama (presidente do MPLA).
Quanto as liberdades de ir e vir, encontram-se asfixiadas pelas secretas, a liberdade de expressão caminha a passo curto de Tartaruga manca.
Os sucessivos governos do MPLA, esqueceram-se do obvio, não priorizaram o combate à fome, nem buscaram novos métodos operacionais, para introduzir critérios analíticos inovadores que sustentem novas políticas públicas-econômicas e sociais inclusivas.
Faz-se necessário formatar um governo com veia dialogante, que converse com os demais poderes instituídos e principalmente que converse com a sociedade.
O país não pôde continuar amordaçado nem pôde permanecer indefinidamente recluso de si mesmo. Angola, precisa de um presidente cônscio das suas responsabilidades mediáticas.
A independência proclamada no largo da independência em 1975, prova que é uma independência do MPLA, essa independência não é pertença de todo angolano. Até mesmo o discurso do dr António Agostinho Neto, apresentado nas televisões esconde isso por esconder o obvio.
O dr Antônio Agostinho Neto, disse no seu discurso no dia da independência o seguinte: sob o olhar silencioso de Vladimir Ilyich Lenine, proclamamos á independência da república popular de Angola.
Então, que razão está por baixo, que leva o MPLA a omitir tão real verdade? Em abono da autêntica verdade, e caso o MPLA deseja tanto festejar á independência a 11 de novembro, que o faça dentro do estrito limite da verdade.
Não se pôde negar a verdade dos factos, nem dela fugir, só com a verdade a nossa caminhada fará história.
É chegado o momento de libertarmos o aprisionado 11 de novembro de 1975, faz-se importante retirar Angola do fosso escabroso da mentira, sobretudo, é necessário que assumamos com frontalidade, os feitos da nossa caminhada histórica com total destemor. Estamos juntos. Raúl Diniz