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Segunda, 04 Novembro 2013 12:43

Relação com Angola deve ser preservada senão outros países aproveitam-se da situação

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No Conselho Superior da Antena1 desta manhã José Luís Arnaut admite que este “não é um dos melhores momentos da relação entre Portugal e Angola, mas seguramente será ultrapassado”. O social-democrata avisa que esta ligação deve ser preservada, caso contrário outros países vão aproveitar-se do vazio deixado pelos portugueses.

Numa altura em que visitam Luanda a presidente da Assembleia da República e delegações de todos os partidos com assento parlamentar, à exceção do Bloco de Esquerda, José Luís Arnaut considera que Angola é mais do que um país amigo, porque quando Portugal teve dificuldades centenas de milhares de portugueses foram bem recebidos no país para trabalhar e as empresas portuguesas com dificuldades de mercado encontraram acolhimento nesse território africano. Para além disso, houve investimentos importantes angolanos no espaço português num momento em que poucos acreditavam em Portugal.

O antigo ministro do PSD não estabelece uma ligação direta entre o “ato de vandalismo noturno” desde fim de semana no edifício da embaixada angolana em Lisboa, mas sublinha que “há uma responsabilidade acrescida das pessoas que fazem opinião nos dois países, porque podem originar climas que não são os mais desejáveis”.

Em declarações ao jornalista Luís Soares, José Luís Arnaut argumenta que a relação entre os dois países tem que ser preservada e que as situações devem ser esclarecidas com transparência, já que “no momento em que as elites portuguesas tentarem afastar Portugal de Angola, outros lá estarão”.

“Viu-se nestes momentos de crise como as empresas espanholas e francesas tentaram aproveitar e ofereceram inclusivamente serviços a empresas portuguesas para serem eles o rosto da continuação desse trabalho. Portanto, não há espaços vazios na política externa e na economia. Estarmos lá é estarem lá muitos milhares de portugueses, é estar lá a esperança de muita gente, e é estar lá uma relação histórica que deve ser cimentada e desenvolvida”, conclui.

RTP

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