O líder do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Albino Forquilha, disse hoje não ver “matéria” para a reunião pedida pelo Presidente moçambicano com os quatro candidatos presidenciais, defendendo a recontagem “transparente” dos votos para travar manifestações.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, convidou hoje os quatro candidatos presidenciais para uma reunião, incluindo Venâncio Mondlane, e disse que as manifestações violentas pós-eleitorais instalam o “caos” e que “espalhar o medo pelas ruas” fragiliza o país.
O Presidente moçambicano pediu hoje o fim da destruição do país face às manifestações e paralisações, dizendo que "não há motivos" para mortes em contestações de resultados eleitorais e reconhecendo que “diferenças nunca hão de acabar”.
O presidente do partido Revolução Democrática (RD), Vitalo Singano, dissidente da Renamo, está acusado de "conspiração" num crime de "alteração violenta do Estado de direito", que visa também o candidato presidencial Venâncio Mondlane, segundo a Procuradoria-Geral da República moçambicana.
A Missão de Observação Eleitoral da CPLP a Moçambique testemunhou contagem errada de votos e indícios de eleitores que votaram várias vezes, "condicionando negativamente a transparência e credibilidade do processo", segundo o relatório final a que Lusa teve acesso.
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 16 foram baleadas desde quarta-feira em três províncias moçambicanas nas manifestações de contestação de resultados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, indica a plataforma eleitoral Decide.
O Presidente de Moçambique pediu hoje a unidade dos moçambicanos em "momentos atribulados e de desafios", assegurando que o executivo continua centrado na paz e reconciliação, valores plasmados no acordo Paz e Reconciliação Nacional.
Em Moçambique, a prisão de líder de manifestação leva população a matar dirigente local da Frelimo, raptar a mulher de outra figura do partido, incendiar esquadra e libertar os presos.