A polícia moçambicana disse hoje que é preciso um "basta" às manifestações e paralisações, após o candidato presidencial Venâncio Mondlane apelar a novos protestos esta semana, referindo que são "terrorismo urbano" com intenção de "alterar a ordem constitucional".
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou esta segunda-feira a um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, durante três dias, a partir de quarta-feira, em todas as capitais provinciais, contestando o processo eleitoral.
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, disse hoje que na próxima segunda-feira revelará a 4.ª fase de contestação que, garantiu, "será extremamente dolorosa".
Maputo vive hoje um cenário de caos, com pilhagens, manifestantes pró-Venâncio Mondlane a colocarem pneus a arder nas avenidas principais, intransitáveis, perante um fumo negro cobre parte da cidade, entre consecutivos estouros de granadas de gás lacrimogéneo.
O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano reconheceu hoje que o país "vive um momento grave" e afirmou que "ninguém deve impor o seu candidato" a Presidente, escolhido em eleições, porque "fica perigosamente perto de golpe de Estado".
O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique deu um prazo de 72 horas à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para esclarecer discrepâncias do número de votantes nas três eleições ocorridas em 09 de outubro, indica um despacho da instituição.
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, concretizando um retorno surpreendente quatro anos depois de perder a disputa por sua reeleição e dando início a uma nova liderança norte-americana que provavelmente testará as instituições democráticas no país e as relações no exterior.
O ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Cristóvão Chume, reconheceu hoje sinais de "intenção firme e credível de alterar" a ordem constitucional, avisando que, se o escalar da violência continuar, as Forças Armadas serão chamadas a "proteger" o Estado.