A Polícia angolana fez um balanço positivo da manifestação de estudantes contra o aumento das propinas, realizada hoje em Luanda, indicando, porém, que o protesto ficou marcado pelo aproveitamento de “um grupo de arruaceiros”.
Centenas de angolanos protestaram hoje em Luanda contra o aumento das propinas, do combustível, dos serviços do táxi e da precariedade das famílias, acusando as autoridades de insensibilidade ao clamor do povo e criticando impedimentos da polícia.
O ativista Osvaldo Kaholo foi detido pelo SIC por suspeita de rebelião e apologia ao crime, após organizar protestos contra o aumento dos combustíveis em Angola, que resultaram em feridos e detenções.
A Amnistia Internacional instou hoje as autoridades angolanas a respeitar e garantir o direito à liberdade de reunião e que as manifestações de 19 e 26 de julho, "contra o elevado custo de vida", sejam facilitadas e protegidas.
A UNITA, principal partido da oposição, em Angola, acusou hoje o Governo de fazer “vista grossa” à indigência e ao sentimento de revolta que cresce diariamente nos angolanos, considerando que o Estado falhou na sua missão essencial.