Terça, 23 de Abril de 2024
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Quinta, 07 Novembro 2019 10:31

Ministro dos Transportes explica prejuízos na TAAG e nos catamarãs

O prejuízo de 100 mil milhões de kwanzas reportado pela Companhia Aérea Angolana (TAAG) em 2018 e o fim das linhas de catamarã que preenchiam o transporte de cabotagem em Luanda foram alvo de exploração do ministro dos Transportes no programa “Grande Entrevista” da TPA transmitido na noite de terça-feira.

Ricardo de Abreu declarou que o prejuízo da companhia aérea ficou a dever-se, sobretudo, à constituição de provisões sobre perdas de exercícios passados e aos elevados custos operacionais.

O transporte por catamarã a nível da cidade de Luanda, acrescentou, além de custos operacionais elevados, deparava-se com a subutilização das embarcações, em resultado da melhoria do trânsito rodoviário na cidade de Luanda.

O ministro anunciou que a empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), com uma nova administração da empresa e meios consideráveis à sua disposição, está a “conseguir dar uma reviravolta” aos prejuízos.

A companhia rodoviária, adiantou, vê a frota reforçada com 220 novos autocarros, mesmo apesar de estar incluída entre as empresas a privatizar, por prestar um serviço público útil à cidade de Luanda.

O ministro acredita que, com uma boa gestão, a empresa tem futuro e pode, além do transporte de passageiros, alargar o seu negócio para o transporte de carga.

Ricardo de Abreu revelou um projecto de diálogo com as associações de taxistas, os “candongueiros, que, além de transportarem a maior parte dos passageiros da cidade de Luanda, têm seis mil licenciados para o exercício da actividade, de um universo de 18 mil identificados a operar.

Segundo o ministro dos Transportes, há necessidade de organizar-se essa parte do mercado que ainda actua na informalidade.

Ricardo de Abreu considerou as moto-táxis, também conhecidas por “kupapatas”, outro modo de transporte que o mercado encontrou, tendo em conta que outros modais não correspondem às necessidades dos cidadãos.

“Os kupapatas são modais mais pequenos que o mercado encontrou”, disse, acrescentando que, na regulamentação em preparação, haverá um conjunto de elementos de segurança para o licenciamento deste segmento de actividade.

O ministro defendeu o aumento da contribuição do sector dos Transportes na estrutura do produto interno bruto (PIB), dos actuais 3,00, para 15 por cento, como é a média noutras economias.

Esse processo pode ocorrer com a melhoria dos modelos de governação das empresas públicas e o aumento da participação de investidores privados.

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