A cimeira UA-UE fechou em Luanda com promessas até 2030. Mas três ONG angolanas dizem que a Europa trocou direitos humanos por minerais, energia e negócios, ignorando pobreza e repressão.
A Declaração de Luanda, aprovada hoje na Cimeira União Africana - União Europeia, destaca o compromisso na defesa do comércio livre e da migração regular, apela a reformas institucionais globais e limita-se a reconhecer as dificuldades da dívida africana.
O líder do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, disse que os angolanos perderam "absoluta confiança" nos principais partidos, que, ao longo de vários anos, vêm fazendo "promessas irrealizáveis".
O Presidente angolano afirmou hoje que África está “eternamente” grata à Rússia pelo apoio nas lutas de libertação, mas sublinhou que os países africanos defendem, tal como a Europa, o direito da Ucrânia à soberania e à integridade territorial.
O XIV Congresso Ordinário da UNITA, actualmente na fase final da campanha interna entre os dois candidatos à liderança, está a ser marcado por denúncias de alegada interferência dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE).
A UNITA, oposição angolana, confirmou hoje a suspensão e processo disciplinar de dois militantes, por violação da ética e normas partidárias, e garantiu que as condições estão criadas para o XIV Congresso Ordinário, que se inicia na sexta-feira.
A organização não governamental angolana AJPD disse hoje que Angola e o resto do continente africano registam permanente anulação e negação do respeito pelos direitos humanos e valores da democracia, acusando a União Europeia de privilegiar apenas interesses económicos.