Quarta, 26 de Junho de 2024
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Angola tinha no final do primeiro trimestre reservas internacionais que garantiam 7,6 meses de importação de bens e serviços, atingindo 14,3 mil milhões de dólares (13,4 mil milhões de euros), anunciou hoje o banco central.

Com uma procura tão elevada e pouca oferta de divisas, a pressão sobre o mercado cambial deve continuar. A diferença entre o formal e o paralelo volta a crescer, já que a taxa de câmbio do BNA de um dólar é de 852,2 Kz, enquanto nas kinguilas estão a ser vendidos a 1.080 Kz, um gap cambial de 27%.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em Angola de 2,7% este ano, acelerando para 4,3% em 2025, embora assumido que “as perspetivas de curto prazo deterioraram-se”.

O país tem um potencial de aproximadamente 50 mil milhões de barris de petróleo por explorar, dos quais perto de 10 mil milhões já foram encontrados/descobertos, segundo a administradora executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANPG), Ana Miala (esposa do general Fernando Miala).

Angola gasta 200 milhões de dólares (184 milhões de euros) por mês na importação de bens alimentares como arroz, açúcar, carne de frango, trigo e óleo alimentar, disse hoje o ministro de Estado e da coordenação Económica.

O banco central angolano reviu hoje em alta a inflação para este ano apontando para 23,4%, sobretudo devido à subida de preços do gasóleo e dos transportes coletivos urbanos de passageiros, assim como pela “inércia inflacionária”.

O economista angolano Wilson Chimoco defendeu hoje uma intervenção do banco central para travar os “preços descontrolados” no país, considerando que o aumento populacional e a reduzida produção interna concorrem para acelerar a inflação em Angola.

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