Sexta, 21 de Junho de 2024
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Terça, 21 Mai 2024 17:30

Angola dispõe cerca de 50 mil milhões de barris de petróleo por explorar

Ana Miala Ana Miala

O país tem um potencial de aproximadamente 50 mil milhões de barris de petróleo por explorar, dos quais perto de 10 mil milhões já foram encontrados/descobertos, segundo a administradora executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANPG), Ana Miala (esposa do general Fernando Miala).

Em declarações à imprensa, à margem do primeiro Fórum de Exploração Offshore, que iniciou esta terça-feira, em Luanda, disse que esse potencial, apurado por um estudo efectuado recentemente, necessita de mais investimentos para ser explorado e tornar o mercado do crude angolano cada vez mais competitivo.

A par da disponibilidade de petróleo a ser explorado, a responsável apontou, igualmente, a existência da estabilidade contratual e de leis adequadas como outros factores que incentivam a atracção de novos investimentos neste sector.

Ana Miala recordou que o sector atingiu o pico da produção em 2008, ano em que registou um milhão e 900 mil barris por dia, uma quantidade que baixou para um milhão e 100 mil, em 2014.

Segundo a ANPG, a produção de petróleo de Angola, em Abril último, foi de 32 milhões 206 mil e 719 barris, correspondendo a uma média diária de um milhão 73 mil e 557 barris de petróleo, contra um milhão 129 mil e 395 barris previsto.

Ainda na senda da exploração petrolífera, o ministro de Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, apontou o aumento da produção como um tema actual na agenda da ANPG.

Conforme o governante, o país ainda tem muita coisa boa para explorar, quer na Bacia do Kwanza, quer na Bacia do Congo e do Namibe, apelando aos empresários a aproveitarem as oportunidades disponíveis no sector.

ANPG quer alcançar mais de 50 blocos de petróleo até 2025

O aumento de 32 para 50 blocos de exploração de petróleo e gás, até 2025, constitui uma das metas da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível, com vista ao reforço da produção petrolífera em Angola.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, esse desafio enquadra-se no compromisso do Executivo em desenvolver este sector sector e aumentar a exploração de petróleo no país.

Lembrou que, nos últimos anos, o Governo angolano implementou reformas consideráveis para aprimorar o ambiente de negócio, com destaque para alteração da legislação e a criação da própria ANPG, tornando o sector mais atractivo aos investimentos.

Para o gestor, essas acções reflectem a visão de Angola, no sentido de aumentar a produção de forma sustentável e criar um ambiente de negócio de estabilidade.

Quanto à realização do Fórum de Exploração Offshore, que decorre até esta quarta-feira (22), trata-se de um evento que visa auscultar os investidores nacionais e estrangeiros que operam em Angola, para tornar o ambiente de negócio mais atractivo aos investimentos, bem como transformar o país cada vez mais competitivo.

Durante dois dias de fórum, promovido pela ANPG, especialistas de países como Estados Unidos da América, Noruega, bem como empresários nacionais e internacionais vão debater, analisar e identificas as melhores práticas de exploração de petróleo e gás no offshore angolano.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, criada em 2019 por via do Decreto Presidencial n.º 49/19, de 6 de Fevereiro, resulta do programa de reorganização do sector petrolífero em Angola, passando a ser a Concessionária Nacional, função anteriormente detida pela Sonangol.

Como Concessionária Nacional, a ANPG tem como missão regular, fiscalizar e promover a execução das actividades petrolíferas no domínio das operações e contratação do sector de petróleos, gás e biocombustíveis.

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