O projeto, inaugurado por João Lourenço, foi desenvolvido pelo Novo Consórcio de Gás, que integra a Sonangol, Azule Energy, Chevron e TotalEnergies.
Em declarações à imprensa, o Presidente angolano destacou que Angola sempre produziu e exportou petróleo, mas "o mesmo não se pode dizer com relação ao gás".
O chefe de Estado angolano salientou que já existem no Soyo as instalações de LNG (Gás Natural Liquefeito, na sigla em inglês), construidas na base do gás associado, mas havia informação sobre a existência de gás não associado ao longo da costa angolana, "só não havia investimentos".
"Tomamos uma decisão importante, em 2018, no criar legislação que protegesse os investidores que quisessem fazer investimento na indústria de produção e transformação do gás. Foi uma decisão acertada, seguida de uma outra no ano seguinte, em 2019, que foi da criação do Novo Consórcio de Gás", referiu.
Segundo João Lourenço, as jazidas de gás não associado garantem uma produção maior do que se contar apenas com o gás que vem associado ao petróleo, realçando os benefícios futuros que "são grandes".
"O gás tem uma grande procura no mercado internacional, é menos poluente que o diesel, por exemplo, tem bom preço de mercado e também os beneficios deste investimento, que é pioneiro neste domínio do gás não associado, acreditamos que virão outros ao longo da costa, são bastante promissores para o povo angolano, para a economia nacional", frisou.
O investimento, segundo uma nota do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, refere que o investimento inclui as plataformas Quiluma e Maboqueiro, um sistema de transporte submarino de 50 quilómetros e uma unidade de tratamento em terra.
O empreendimento compreende 13 poços de produção em águas rasas, localizados a 40 quilómetros da costa, com capacidade para processar 400 milhões de pés cúbicos de gás por dia.
De acordo com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o projeto val permitir reduzir o défice de gás butano e disponibilizar matéria-prima essencial para a indústria de fertilizantes e outros derivados.
João Lourenço apontou como beneficios o incremento de empregos na região, estando prevista a construção naquela região de uma unidade de produção de fertilizantes, que vai usar o gás da unidade hoje inaugurada.

