Quinta, 28 de Março de 2024
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Quarta, 11 Setembro 2019 13:47

Governo angolano garante que não há escassez de bens da cesta básica

O ministro do Comércio angolano, Joffre Van-Dúnem Júnior, garantiu hoje que "não há escassez" de produtos da cesta básica no país, afirmando que a subida dos preços de alguns bens decorre de vários fatores, nomeadamente "aproveitamento de especuladores".

"De momento não há escassez de produtos da cesta básica. Uma coisa chama-se escassez e outra é a rotura. Também temos de ter em conta os prazos de abertura das cartas de créditos para os importadores, os prazos que são necessários para que essas mercadorias cheguem ao país e depois são distribuídas até aos respetivos pontos", afirmou hoje, em Luanda.

Segundo o governante, as três vias de entrada de mercadorias no país, pelos portos de Luanda, Lobito e Namibe, também concorrem, muitas vezes, para a distribuição tardia dos bens, referindo ser este também um dos fatores que leva à entrada de especuladores.

"E todos esses fatores contribuem um pouco, e, como sabem, os especuladores aproveitam todos esses passos e mal haja qualquer ação fora da previsibilidade, eles aproveitam e especulam imediatamente", comentou.

O ministro angolano falava hoje aos jornalistas na sede do governo da província de Luanda, no final de uma conferência de lançamento da primeira edição da Feira de Negócios dos Municípios de Luanda (FEMUL), que decorre de 23 a 27 de outubro próximo.

Para Joffre Van-Dúnem Júnior, a especulação de alguns produtos da cesta básica no país "é uma realidade" que deve ser encarada e "com foco tentar diminuir todas essas ocasiões que os nossos adversários utilizam para fazer subir o preço da cesta básica, numa altura em que de facto o poder de compra dos cidadãos não é o melhor".

Um programa de reforço das inspeções às atividades comerciais "está já em curso", pois, explicou, os especuladores estão atentos e caso haja uma escassez ou indício de alguma escassez, com certeza "aproveitam e nessa altura entram no mercado".

"Mas o Ministério do Comércio tem um programa de pôr em campo as nossas inspeções para que possam de facto detetar onde os aspetos especulativos se impõem e tomar as respetivas medidas", assegurou.

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